Na semana passada, os embaixadores da União Europeia (UE) concordaram em usar os lucros dos ativos do Banco Central russo congelados no bloco para a defesa das forças ucranianas. A decisão poderá ser formalmente adotada na próxima semana.
"Demos um grande passo no sentido de criar um precedente que a Europa poderia seguir", disse o ministro das Relações Exteriores estoniano Margus Tsahkna nesta quarta-feira (15), segundo o portal Swissinfo.
O G7 congelou cerca de € 300 bilhões (R$ 1,67 trilhão) em ativos financeiros russos logo após o começo da operação em 2022. Desde então, a UE e outros países do G7 têm debatido como e se devem usar esses fundos para ajudar a Ucrânia.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse na terça-feira (14) que os EUA pretendem usar o seu poder para confiscar bens russos para reconstruir Kiev e estão trabalhando com o G7 para estabelecer isso.
No começo do ano, Washington transferiu US$ 500 mil (R$ 2,5 bilhões) em fundos russos confiscados a Tallinn, marcando a primeira vez que os EUA transferiram fundos para um aliado estrangeiro, com o propósito explícito de ajudar a Ucrânia.
O Ministério das Relações Exteriores, através da representante oficial, Maria Zakharova, afirmou que o plano para confiscar ativos russos congelados para ajudar a reconstruir Kiev é a "pirataria do século XXI" e que a ação teria uma "resposta dura da Rússia", conforme noticiado.