Segundo comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel, além de distorcerem os fatos, perturbam as normas morais geralmente aceitas.
Nesta quinta-feira (16), o embaixador sul-africano nos Países Baixos, Vusimuzi Madonsela disse que a África do Sul solicitou que a CIJ "ordenasse a Israel que parasse todas as operações militares na Faixa de Gaza, incluindo na cidade de Rafah, retirasse as tropas e garantisse o acesso irrestrito à Faixa de Gaza para fins humanitários, investigadores e jornalistas".
"As declarações da África do Sul são moral e factualmente distorcidas e constituem um abuso da convenção sobre genocídio. [...] apelamos à Corte Internacional de Justiça que rejeite a queixa da África do Sul", disse comunicado emitido hoje (16).
O ministério acrescentou que a África do Sul apresenta alegações "tendenciosas e falsas" que dependem "cegamente" de fontes não confiáveis do movimento palestino Hamas.
Processo contra Israel na CIJ
O processo na CIJ alega "supostas violações de Israel de suas obrigações nos termos da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio em relação aos palestinos na Faixa de Gaza", de acordo com o comunicado da entidade.
A África do Sul e a Autoridade Nacional Palestina, que também responde pela Cisjordânia — que tem outros 3,2 milhões de habitantes —, são signatários da convenção. O Brasil apoia a denúncia sul-africana contra os atos de "genocídio".