A mídia iraniana informou que imagens do local mostravam o helicóptero Bell 212, de fabricação norte-americana, no qual Raisi viajava, colidindo com o pico de uma montanha, embora ainda não tenha um resultado oficial sobre a causa do acidente.
Anteriormente na segunda-feira (20), o ex-chanceler do Irã, Mohammad Javad Zarif, culpou as sanções dos Estados Unidos pela escassa disponibilidade de peças de aviação e pelo próprio acidente.
"O ex-ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, já afirmou isso diretamente, acusando os Estados Unidos de colocarem em risco a vida das pessoas ao impor sanções, que incluem a proibição do fornecimento de peças de reposição para aeronaves dos EUA. Os americanos negam, mas na verdade, outros países contra os quais os EUA anunciam sanções não recebem peças sobressalentes para equipamentos dos EUA, incluindo a aviação", disse Lavrov.
O ministro acrescentou que Washington "prejudica deliberadamente os cidadãos comuns que utilizam estes veículos e, quando não são fornecidas peças sobressalentes, isso está diretamente relacionado com a diminuição do nível de segurança", afirmou.
O Irã foi um grande comprador de helicópteros Bell antes da Revolução Islâmica de 1979, embora a origem exata da aeronave que caiu não fosse clara. Décadas de sanções tornaram difícil para Teerã obter peças ou atualizar as suas aeronaves.
Na segunda-feira, o vice-presidente iraniano Mohsen Mansouri confirmou relatos da mídia de que Raisi e sua delegação, incluindo o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian, morreram em um acidente de helicóptero no noroeste do Irã, no domingo (19).