Gallagher será proibido de entrar em território chinês, todos os bens que detenha no país serão congelados e será impedido de realizar vários intercâmbios com organizações e indivíduos chineses, anunciou o Ministério das Relações Exteriores do país hoje (21), de acordo com a Bloomberg.
O ex-congressista, que deixou o cargo em abril, liderou diversas reações da Câmara norte-americana contra o governo chinês, inclusive ajudando a aprovar um projeto de lei que poderia proibir o popular aplicativo de vídeo TikTok se seu proprietário com sede na China não vender sua participação.
Em fevereiro, Gallagher liderou uma delegação do Congresso a Taipé em uma visita que procurou garantir o apoio contínuo de Washington à ilha.
O chanceler da China, Wang Yi, chamou Lai Ching-te de "vergonhoso", nesta terça-feira (21), intensificando a retórica de Pequim apenas um dia depois de ele assumir o cargo.
"Os atos horríveis de Lai Ching-te e de outros que traem a nação e os seus antepassados são vergonhosos. Nada pode impedir a China de alcançar a reunificação e trazer Taiwan de volta à pátria. Todos os separatistas da independência de Taiwan serão pregados no pilar da vergonha da história", afirmou Wang, segundo a Reuters.
As sanções a Gallagher ocorrem um dia após o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, ter felicitado o novo chefe da administração de Taiwan Lai Ching-te pela sua tomada de posse na segunda-feira (20).
Pequim também advertiu os Estados Unidos hoje (21) por enviarem as suas felicitações a Lai, depois de repreender os legisladores sul-coreanos e japoneses por visitarem Taiwan, apesar da sua forte oposição.
O Estado chinês vê Taiwan como uma província renegada que pertence por direito à China no âmbito da política de Uma Só China. A ilha autogovernada não declarou formalmente sua independência, mas afirma já ser, mantendo laços próximos a países ocidentais, principalmente os EUA.