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Em visita de Wang Yi, Brasil defende política de Uma Só China e países ampliam tempo de visto

© Foto / Itamaraty / Twitter ReproduçãoWang Yi e Mauro Vieira
Wang Yi e Mauro Vieira - Sputnik Brasil, 1920, 19.01.2024
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Nesta sexta-feira (19), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, recebeu seu homólogo chinês, Wang Yi, em Brasília, no contexto da quarta edição do Diálogo Estratégico Global, primeira reunião do mecanismo entre os dois países desde 2019.
Os ministros trataram de questões econômico-comerciais, de segurança na Faixa de Gaza e na Ucrânia, sobre as mudanças do clima e a facilitação do trânsito de pessoas. "A China é o maior parceiro comercial do Brasil, destino de 30% das exportações brasileiras e grande investidor no país", destacou o Itamaraty.
Também foi lançado o logotipo elaborado conjuntamente para celebrar a comemoração dos 50 anos das relações diplomáticas sino-brasileiras.
"Lançamos o símbolo do aniversário de 50 anos das relações diplomáticas, que será comemorado em 15 de agosto. Esse importante marco ensejará uma série de eventos políticos, acadêmicos e culturais, promovidos conjuntamente por China e Brasil ao longo de 2024", declarou Vieira.
Mauro Vieira também reforçou com o chanceler chinês a defesa da política de Uma Só China. Não se trata de uma nova diretriz do governo brasileiro, mas a declaração tem peso por ser concedida dias após eleição em Taiwan, região chinesa que vem buscando mais autonomia com apoio dos Estados Unidos.

"Reitero o apoio histórico, consistente e inequívoco do Brasil ao princípio de uma só China, conforme declaração adotada pelos dois presidentes [Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping]", disse o ministro brasileiro.

O chanceler chinês, que ainda será recebido por Lula hoje (19), avaliou que as relações entre os dois países chegarão a um novo nível e que as nações devem "caminhar de mãos dadas".
"Todas as instituições do Brasil têm uma posição voltada a Uma Só China", declarou Wang Yi.
Também foi acordado um novo prazo para vistos entre os países. Quando entrar em vigor, o acordo permitirá que as autoridades consulares dos dois países concedam vistos de até dez anos de validade, dobrando o prazo máximo de concessão atual.

"A iniciativa facilitará as viagens, a promoção de negócios e impulsionará o turismo entre os países", diz a chancelaria brasileira, acrescentando que, em 2023, mais de 37 mil chineses visitaram o Brasil.

O Brasil segue o princípio da reciprocidade na concessão de vistos. Isso significa que só há isenção do documento se o outro país fizer o mesmo.
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