Panorama internacional

Netanyahu sugere controle militar 'de longo prazo' da Faixa de Gaza após 'derrota do Hamas'

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sugeriu nesta terça-feira (21) planos para uma presença militar de longo prazo na Faixa de Gaza para garantir sua "desmilitarização sustentável" após a derrota do movimento palestino Hamas.
Sputnik

"Quando o Hamas for derrotado, precisaremos garantir a desmilitarização sustentável de Gaza. Acredito que a única força que pode impedir o ressurgimento do terrorismo num futuro previsível é Israel", afirmou Netanyahu em entrevista ao canal de televisão norte-americano CNN.

Ele acrescentou que pretende transferir o governo civil do enclave de 2 milhões de habitantes para os próprios residentes locais, que não estão associados ao Hamas. Ele também espera lançar um programa para a reconstrução pós-guerra da Faixa de Gaza com o dinheiro da comunidade internacional, incluindo "países árabes moderados".
"Desmilitarização, administração civil por representantes da população local que não procuram a destruição de Israel e reconstrução responsável. Acredito que este é um plano realista", disse o primeiro-ministro.
Israel retirou as tropas da Faixa de Gaza em 2005 e desmantelou as colônias israelenses ali localizadas como parte de um "desengajamento unilateral" com os palestinos, mas manteve o controle sobre as fronteiras e o espaço aéreo e marítimo do enclave.
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Mais cedo, o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, voltou a defender o êxodo total de palestinos da Faixa de Gaza, permitindo que colonos israelenses se estabeleçam nesse território costeiro.
Em entrevista ao site de notícias Kikar HaShabbat, Ben-Gvir afirmou que, após a ofensiva militar de seu país, Israel deveria ter controle total da Faixa de Gaza e incentivar a migração dos palestinos para outros destinos.
Ben-Gvir, considerado um político de extrema-direita, acrescentou que no dia seguinte ao fim da guerra em Gaza, serão as autoridades israelenses que controlarão essa área e ninguém mais. O ministro também mencionou a operação do Exército de Israel na cidade fronteiriça de Rafah, onde havia mais de um milhão de refugiados antes da incursão das Forças de Defesa de Israel (FDI).
Aproximadamente 800 mil palestinos foram "obrigados a fugir" de Rafah durante a ofensiva de Tel Aviv na cidade, de acordo com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA, na sigla em inglês).

"Mais uma vez, quase metade da população de Rafah, cerca de 800 mil pessoas, está nas estradas, tendo sido obrigadas a fugir desde que as forças israelenses iniciaram a operação militar na área em 6 de maio", escreveu o chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, na rede social X (ex-Twitter).

Israel afirma que a cidade de Rafah, adjacente ao Egito, abriga quatro batalhões do Hamas intactos e que muitos dos 124 reféns israelenses e de outras nacionalidades, que foram sequestrados em 7 de outubro por Israel, estão na área.
Israel lançou uma incursão terrestre na Faixa de Gaza depois que o Hamas invadiu a fronteira israelense em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1,2 mil pessoas e sequestrando cerca de 240. Quase 40 mil pessoas foram mortas até o momento por ataques israelenses na Faixa de Gaza, segundo as autoridades locais.
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