O presidente francês Emmanuel Macron afirmou no início de maio, em uma entrevista ao The Economist, que não descarta a possibilidade de enviar tropas para a Ucrânia se a Rússia romper a linha de frente, e se houver tal solicitação de Kiev. Segundo ele, "muitos países da UE" concordaram com essa abordagem da França.
"A participação de soldados franceses no conflito ucraniano tornará oficialmente a França, de jure, parte desse conflito. Isso inevitavelmente aumentará imensamente o risco de um confronto no campo de batalha entre as duas potências nucleares, que está repleto de consequências mais imprevisíveis", disse Studennikov.
Ele ressaltou que "os militares franceses se tornarão alvos legítimos" para as Forças Armadas russas.
"Estão os franceses dispostos a morrer pelos interesses do regime ucraniano neonazista e de seus curadores anglo-saxões? O que as autoridades francesas vão dizer às famílias das vítimas? Acho que Paris tem aqui coisas em que pensar", disse o diplomata.
"Espero que nas elites francesas prevaleça o instinto de autopreservação, se não o bom senso, embora seja cada vez mais difícil contar com isso. De qualquer modo, estamos prontos para qualquer eventualidade", concluiu o diplomata russo.
No contexto das declarações beligerantes de políticos ocidentais e ações desestabilizadoras da OTAN, o Estado-Maior da Rússia, por ordem do presidente Vladimir Putin, iniciou exercícios das unidades de mísseis do Distrito Militar do Sul. Estes exercícios destinam-se a testar o uso de armas nucleares táticas.