Segundo Orbán, Bruxelas já está planejando uma forma de colocar a OTAN nesse conflito.
"A Hungria se opõe a isso. Estamos trabalhando para determinar como podemos continuar a ser membros da OTAN sem participar [do conflito]", disse o primeiro-ministro.
Orbán acrescentou ainda que Bruxelas está ciente do posicionamento da Hungria e cunhou o termo "não participante" para o país. A Hungria não fornecerá fundos à Ucrânia nem enviará armas ao país, tampouco permitirá o armazenamento de armas destinadas às Forças Armadas ucranianas em seu território.
O primeiro-ministro explicou que sua posição resultava da convicção de que o conflito na Ucrânia não pode ser resolvido militarmente, mas por negociações pacíficas. Ele também lembrou que a OTAN deveria ser uma aliança defensiva e ninguém a atacou.
O conflito na Ucrânia diz respeito apenas a esse país e à Rússia.
Moscou tem repetidamente alertado contra o fornecimento de armas a Kiev pelo Ocidente, afirmando que os comboios estrangeiros que transportam armas seriam alvos legítimos para suas forças assim que cruzassem a fronteira.
Além disso, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, acusou os Estados Unidos e a OTAN de já estarem diretamente envolvidos no conflito na Ucrânia, não apenas por meio do fornecimento de armas, mas também pela formação de pessoal em diversos países europeus.