O mandato presidencial de Zelensky expirou em 20 de maio. As eleições presidenciais de 2024 na Ucrânia foram canceladas, com a alegação de lei marcial e mobilização geral, e o presidente ucraniano disse recentemente que a eleição era "inoportuna" agora.
"É claro que estamos cientes de que a legitimidade do atual líder do país acabou", disse Putin, acrescentando que um dos objetivos da conferência de paz na Suíça para os países ocidentais é confirmar a legitimidade de Zelensky.
Moscou, ao retomar os diálogos com Kiev, precisa compreender a legitimidade dos representantes estatais que podem e devem ser tratados como autoridades na assinatura de documentos legais, afirmou o presidente.
Ainda sobre a Ucrânia, Putin afirmou que a Rússia nunca rejeitou as negociações com Kiev.
"No que diz respeito ao processo de negociação, falei muitas vezes sobre esse assunto, e aqui de Minsk gostaria de confirmar mais uma vez que a Rússia nunca rejeitou essas negociações."
O porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, anunciou hoje (24) que o presidente russo comentou a disponibilidade para negociações em relação à Ucrânia, observando que as tratativas são possíveis para atingir os objetivos alcançados pela operação militar especial na Ucrânia, e que "esses objetivos são claros assim como os fatos".
O líder russo também disse que o exercício nuclear tático conduzido em Belarus esta semana tinha como objetivo garantir que a dissuasão nuclear do Estado da União permanecesse adequada e não deveria ser interpretado como uma escalada.
"Tudo isso acontece rotineiramente. Não estamos escalando nada. Como foi dito antes, tudo precisa ser bem praticado. É o tipo de coisa em que tudo deve funcionar sem problemas", explicou Putin durante a visita a Minsk.
O presidente chegou a Belarus na quinta-feira (23) à noite, para uma visita oficial de dois dias.
Ao mesmo tempo, Putin sublinhou que os exercícios russos envolvendo capacidades de dissuasão nuclear estavam em total conformidade com os compromissos nucleares do país.
"Nada foi violado. Nada fora do comum aconteceu em comparação ao que a OTAN faz", acrescentou.
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, afirmou no início deste mês que os exercícios nucleares táticos planejados pela Rússia eram uma medida imprudente e perigosa. O chefe da aliança militar disse acreditar que Moscou compreende as consequências de um conflito nuclear.