A China completou dois dias de exercícios militares em torno de Taiwan, escreveu no sábado (25) a agência britânica Reuters.
Pequim lançou os exercícios na quinta-feira (23). As manobras simularam ataques com bombardeiros e praticaram o embarque em navios.
Pequim disse que os exercícios foram uma "punição" pelo discurso de posse na segunda-feira (20) de Lai Ching-te, chefe da administração de Taiwan, durante o qual ele disse que os dois lados do estreito de Taiwan "não estavam subordinados um ao outro".
A China reivindica Taiwan como seu próprio território, citando o conceito de Uma Só China acordado pela ONU e pelos próprios EUA nos anos 1970. No entanto, Washington têm apoiado Taipé na área militar e as duas partes realizam frequentes exercícios e passagens de navios e aviões no estreito de Taiwan e na Ásia-Pacífico perto da China.
O Ministério da Defesa Nacional de Taiwan informou ainda ter detectado na sexta-feira (24) 62 aviões militares e 27 navios da Marinha chineses, incluindo 46 aviões que cruzaram a linha mediana do estreito de Taiwan, que Pequim não reconhece.
As aeronaves chinesas, incluindo os avançados caças Su-30 e os bombardeiros H-6 com capacidade nuclear, voaram sobre o estreito, bem como o canal de Bashi, que separa Taiwan das Filipinas, informou o ministério.