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Mídia: Alemanha traça plano para conter influxo de refugiados ucranianos

Em entrevista ao jornal alemão Die Welt, autoridades do país alertam que o fluxo massivo de imigrantes deixou a situação no limite e defendem um plano de partilha de refugiados entre países da União Europeia.
Sputnik
O governo da Alemanha planeja estabelecer um mecanismo de partilha de imigrantes ucranianos entre países da União Europeia (UE) no intuito de reduzir o fluxo que chega ao país. A informação foi veiculada em um artigo do jornal alemão Die Welt, que cita autoridades alemãs.
O artigo afirma que nenhum outro Estado da Europa oferece benefícios sociais tão generosos a imigrantes como a Alemanha, o que faz do país um destino atraente para refugiados.

"A Alemanha acolheu 1,152 milhões de ucranianos – em números absolutos, mais do que qualquer outro país da Europa. Na Polônia existem cerca de 956.000. A Itália acolheu cerca de 172.500 ucranianos e a França cerca de 68.800", diz o artigo.

"Na Alemanha, os refugiados ucranianos recebem benefícios de cidadania imediatamente após a chegada , enquanto outras pessoas que procuram asilo só os recebem depois de terem sido reconhecidas no processo de asilo, que muitas vezes demora nove meses", acrescenta.
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Citando uma análise feita pelo departamento econômico do parlamento alemão, o artigo ressalta que o benefício concedido a ucranianos na Alemanha é de 563 euros (R$ 3.135), cifra mais elevada que a concedida por outros membros da UE. Ademais, a taxa de desemprego entre refugiados ucranianos também é menor na Alemanha em comparação com outros países do bloco, girando em torno de 20%.
Em entrevista ao jornal, Reinhard Sager, chefe da Associação dos Distritos Alemães, afirmou que a questão deve ser abordada em reunião da UE tão logo terminem as eleições europeias.
"Apelamos a uma harmonização da integração e dos benefícios sociais em toda a Europa, que deve basear-se nos padrões de vida e sociais dos respectivos países-membros", disse Sager.
Christian Engelhardt, administrador do distrito de Bergstrasse, afirmou que a situação está no limite e defendeu o fim da concessão de benefício imediato a refugiados ucranianos.

"Durante meses, as cidades e os municípios encontraram-se no limite no que diz respeito ao acolhimento de refugiados. O conselho distrital exige, portanto, que os refugiados da Ucrânia não recebam automaticamente benefícios de cidadão", disse Engelhardt.

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