Segundo profissionais de saúde, as investidas de Israel atingiram tendas de pessoas deslocadas na cidade de Rafah, no sul de Gaza, e "numerosas" outras ficaram presas em escombros em chamas em decorrência de um ataque neste domingo.
O Ministério da Saúde de Gaza disse que mulheres e crianças representam a maior parte dos mortos e dezenas de feridos.
Informações veiculadas pela agência de notícias AP News sinalizam que os ataques ocorreram dois dias depois da decisão histórica anunciada pelo juiz Nawaf Salam, na sexta-feira (24), da Corte Internacional de Justiça (CIJ), para que Israel interrompa sua operação em Rafah, libere a entrada de ajuda humanitária no enclave e que o Hamas entregue os reféns que estão sob seu controle em Gaza.
O exército de Israel confirmou o ataque e disse que atingiu uma instalação do Hamas e matou dois militantes importantes do grupo palestino. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, esteve em Rafah no domingo e foi informado sobre o "aprofundamento das operações lá", detalha informe divulgado pelo seu gabinete.
O conflito atual entre israelenses e palestinos começou em 7 de outubro de 2023, após um ataque coordenado pelo movimento Hamas contra mais de 20 comunidades israelenses que resultou em aproximadamente 1,2 mil mortes, cerca de 5,5 mil feridos e na captura de 253 reféns israelenses, dos quais cerca de 100 já foram libertados em troca de prisioneiros palestinos.
Em retaliação, Israel anunciou a guerra contra o Hamas, bombardeando a Faixa de Gaza e realizando ataques terrestres que provocaram até o momento quase 40 mil mortos e mais de 79,2 mil feridos.