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Ministro Alexandre de Moraes nega recurso e mantém Bolsonaro inelegível

O ministro e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, negou o recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que o Supremo Tribunal Federal (STF) analisasse a decisão da Corte Eleitoral que o tornou inelegível.
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Segundo informações veiculadas pela Agência Brasil, Moraes argumentou que o recurso não atende aos requisitos previstos em lei.
"Dessa forma, a controvérsia foi decidida com base nas peculiaridades do caso concreto, de modo que alterar a conclusão do acórdão recorrido pressupõe revolvimento do conjunto fático-probatório dos autos, providência que se revela incompatível com o Recurso Extraordinário", diz a decisão de sexta-feira (24), mas publicada neste domingo (26).
O ex-presidente foi condenado em junho de 2023 por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação por conta de uma reunião com embaixadores no Palácio do Planalto. Na ocasião, Bolsonaro atacou o sistema eleitoral brasileiro e afirmou que há fragilidade na lisura do processo, mas sem apresentar provas. Com a condenação, Bolsonaro fica impedido de concorrer a qualquer cargo público até 2030.
Em setembro, a defesa do ex-presidente entrou com o primeiro recurso contra a decisão, que foi negado. Porém ainda há possibilidade de os advogados recorrerem ao Supremo Tribunal Federal para anular a inelegibilidade.

Violação constitucional

Conforme o recurso apresentado ao TSE, houve uma violação das regras da Constituição com relação ao julgamento da suspeita de abuso de poder político, que deveria ficar a cargo do STF. Ao todo, foram apresentados pela defesa 19 pontos de violações do texto durante o processo.
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Mas o ministro Alexandre de Moraes considerou que não foram apresentados os requisitos mínimos para que o caso fosse aceito e encaminhado ao Supremo. Conforme Moraes, os questionamentos requerem uma nova análise das provas do processo, o que não seria possível por meio do recurso extraordinário.

'Minuta do golpe'

Encontrada no início do ano na casa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, do governo Bolsonaro, a chamada "minuta do golpe" foi incluída pela Justiça no processo contra o ex-presidente. O texto trazia formas de reverter a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que venceu com uma diferença de 1,76 ponto percentual, através de uma intervenção na Justiça Eleitoral.
Para a defesa do ex-presidente, a minuta foi incluída de forma irregular nos autos do processo, por ter violado os princípios constitucionais de segurança jurídica. Já Moraes afirmou na decisão que Bolsonaro não foi condenado com base nessa prova, que ainda não foi decisiva para a inelegibilidade.
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