No domingo (26), o Exército israelense perpetrou um ataque contra civis na cidade de Rafah, na Faixa de Gaza. O atentado gerou cerca de 40 mortos, de acordo com o que foi reportado pelo Ministério da Saúde de Gaza.
O governo brasileiro disse que tomou conhecimento com "profunda consternação e perplexidade" das notícias sobre os ataques conduzidos por Israel.
"[…] um dos quais contra um campo de refugiados nas imediações da cidade de Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza. O ataque ao campo causou a morte de dezenas de civis, além de inúmeros outros feridos, em decorrência de um incêndio que se alastrou pelas tendas que abrigavam famílias de refugiados", diz a nota.
O pronunciamento continua: "Essa nova tragédia demonstra o efeito devastador sobre civis de qualquer ação militar israelense em Rafah, conforme manifestações e apelos unânimes da comunidade internacional, e diante dos deslocamentos forçados por Israel, que concentraram centenas de milhares de refugiados em condições de absoluta precariedade naquela localidade."
Os ataques ocorreram dois dias depois da decisão histórica anunciada pelo juiz Nawaf Salam, na última sexta-feira (24), da Corte Internacional de Justiça (CIJ), para que Israel interrompa sua operação em Rafah, libere a entrada de ajuda humanitária no enclave e para que o Hamas entregue os reféns que estão sob seu controle em Gaza.
Sobre o conflito
O conflito atual entre israelenses e palestinos começou em 7 de outubro de 2023, após um ataque coordenado pelo movimento Hamas contra mais de 20 comunidades israelenses que resultou em aproximadamente 1,2 mil mortes, cerca de 5,5 mil feridos e na captura de 253 reféns israelenses, dos quais cerca de 100 já foram libertados em troca de prisioneiros palestinos.
Em retaliação, Israel anunciou a guerra contra o Hamas, bombardeando a Faixa de Gaza e realizando ataques terrestres que provocaram até o momento quase 40 mil mortos e mais de 79,2 mil feridos.