A Espanha se comprometeu em um acordo a fornecer apoio militar à Ucrânia no valor de 1,13 bilhão de euros (R$ 6,34 bilhões) neste ano, noticiou nesta segunda-feira (27) o jornal espanhol El País.
"É mais importante do que nunca redobrar nosso apoio", disse Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol, em uma coletiva de imprensa com Vladimir Zelensky, presidente da Ucrânia, em Madri, na Espanha.
O pacto, que abrange a próxima década, prevê o fornecimento de equipamentos militares modernos para usos terrestres, aéreos, navais e outros, "priorizando as principais necessidades de capacidade da Ucrânia" e a suposta proteção de rotas de exportação de alimentos da Ucrânia.
Em particular, segundo o acordo, a Espanha enviará uma dúzia de mísseis antiaéreos Patriot fabricados nos EUA, 19 tanques Leopard 2A4 de segunda mão fabricados na Alemanha, dez dos quais poderiam ser enviados para as mãos de Kiev antes de 30 de junho.
Outras armas de fabricação espanhola incluem equipamentos antidrone e projéteis de artilharia, veículos táticos, equipamentos optrônicos de vigilância e reconhecimento, torres para armas operadas remotamente, morteiros embarcados e lançadores de foguetes portáteis. Além disso, 400 recrutas ucranianos receberão instrução de combate, após 4 mil já terem participado desse treinamento.
Sánchez acrescentou que a Espanha já estava fornecendo os mísseis e avaliando a entrega de sistemas de defesa antiaérea alternativos.
Zelensky disse que a Ucrânia precisava de pelo menos mais sete sistemas Patriot e que pressionaria os seus aliados para obtê-los.
Como aponta o El País, a entrega de todos os componentes tem duração prevista de até dois anos, podendo ser alargada para três.
A Rússia já declarou inúmeras vezes que os envios de armas do Ocidente para a Ucrânia em nada contribuem para a busca de uma solução para o atual conflito, mas, ao contrário, só servem para prolongá-lo.
Nesta segunda-feira (27), a Assembleia Parlamentar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) confirmou que a Ucrânia pode usar armas da aliança para ataques em território russo, de acordo com a declaração nº 489 da organização.