Os EUA fornecerão novas armas a Taiwan, e não armas antigas como as da Ucrânia, afirmou na segunda-feira (27) o presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes norte-americana.
"Ao contrário da Ucrânia, recebo muitas perguntas sobre isso, onde é predominantemente uma guerra terrestre, [no caso de Taiwan] são principalmente batalhas navais. Taiwan, ao contrário da Ucrânia, receberá novos sistemas de armas, não antigos", disse Michael McCaul em uma entrevista coletiva à emissora taiwanesa Formosa Television.
Ele deixou claro que a ilha será abastecida com armas de novos estoques, e que alguns dos sistemas transferidos terão as mais recentes tecnologias dos EUA.
A delegação do Congresso dos EUA chefiada por McCaul está em Taiwan de domingo (26) a quinta-feira (30).
Nesta segunda-feira (27), os políticos foram recebidos por Lai Ching-te, chefe da administração da ilha. Ele foi empossado na última segunda-feira (20), e, em seguida, na quinta-feira (23) e sexta-feira (24), o Comando do Teatro de Operações Oriental do Exército de Libertação Popular (ELP) da China realizou exercícios militares conjuntos em torno de Taiwan, com a participação de forças terrestres, navais, aéreas e de mísseis para testar o nível de prontidão de combate das tropas.
O Estado chinês vê Taiwan como uma província renegada que pertence por direito à China no âmbito da política de Uma Só China, reconhecida pela maioria dos Estados, incluindo os EUA. A ilha autogovernada não declarou formalmente sua independência, mas já a afirma não oficialmente, mantendo laços com países ocidentais, principalmente os EUA.
A situação em torno de Taiwan se agravou após a visita a Taiwan, em agosto de 2022, de Nancy Pelosi, então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA (2019-2022), apesar dos protestos da China. Pequim viu a viagem como um apoio de Washington aos independentistas de Taiwan, e, em resposta, realizou exercícios militares de grande escala em torno da ilha.