As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram a eliminação de Yassin Rabia, chefe do quartel-general do Hamas palestino na Cisjordânia, em um ataque aéreo na cidade de Rafah, no noroeste da Faixa de Gaza.
Representantes do Hamas culparam Tel Aviv e Washington pela ação, que provocou a morte de cerca de 40 palestinos.
"A responsabilidade direta pelo massacre israelense no campo de deslocados de Rafah é dos EUA e do presidente dos EUA, Joe Biden, pessoalmente. Nenhum dos líderes do Hamas, como Israel alegou, estava lá no momento do ataque. Essas ações contra civis e pessoas deslocadas fazem parte da implementação do plano genocida do primeiro-ministro [israelense Benjamin] Netanyahu contra o povo palestino", de acordo com Mahmoud Taha, representante de relações com a mídia do Hamas no Líbano.
Ele disse que esses massacres acontecem "para justificar seu fracasso na guerra", e que o Hamas responderá "até que o Exército israelense seja expulso da Palestina".
Ao mesmo tempo, garante Taha, a liderança do Hamas apresentou recentemente uma proposta de cessar-fogo, e acusou o lado israelense de estar trabalhando duro para impedir qualquer possibilidade de chegar a um acordo.
Por sua vez, Mohammad Abu Tarbush, outro representante do Hamas, destacou o que disse ser a morte, o ferimento e a captura no sábado (25) de 16 soldados israelenses perto do campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza.
"[…] foi uma resposta natural e legítima aos massacres infligidos à Faixa de Gaza e ao povo palestino. Isso também prova que as 'brigadas' [do Hamas] ainda estão totalmente operacionais no norte de Gaza, ao contrário do que afirma o inimigo. Esse é mais um duro tapa na cara de Netanyahu", opinou ele, acrescentando que "Israel deveria ter aproveitado a oportunidade de negociar, mas a intransigência de Netanyahu e sua confiança em sua capacidade de mudar as realidades no terreno só complicam a situação".
Tarbush advertiu que o ataque bem-sucedido "pode ser seguido por muitos eventos que surpreenderão Israel em um futuro próximo" se Israel seguir suas operações militares e não aderir a um cessar-fogo.