"É surpreendente que a UE tenha demorado tanto para finalmente estabelecer um regime de sanções específico contra o nosso país, 'em conexão com a situação na Rússia'. Essencialmente, o pacote é de caráter indefinido e ilimitado. Isso indica que a política antirrussa de Bruxelas é séria e duradoura", disse Logvinov aos jornalistas em Bruxelas.
A UE implementou nesta segunda um novo regime de sanções contra a Rússia com a justificativa de supostas violações dos direitos humanos e, na sequência, divulgou a primeira lista de sancionados, que inclui 19 indivíduos e uma organização.
De acordo com Logvinov, as medidas impostas são "uma punição à Rússia por sua política independente, defesa de escolhas soberanas e recusa em ceder interesses nacionais".
"O próprio nome do regime é visto pela UE como uma base formal para incluir qualquer russo e qualquer entidade jurídica na lista de rejeição, caso não se enquadrem nas concepções ocidentais sobre a Rússia e seu futuro. Infelizmente, o Ocidente não consegue entender que, por mais que tente, nenhuma restrição pode impor ao nosso país um modelo de desenvolvimento que contrarie suas próprias prioridades", declarou a autoridade.
As sanções incluíram até o Serviço Federal de Executores Judiciais da Rússia, além de vários juízes e procuradores.
Desde fevereiro de 2022, quando foi iniciada a operação militar especial na Ucrânia, foram realizados 13 pacotes de sanções contra a Rússia, seus cidadãos e organizações. Ao todo, 1.725 pessoas e 420 organizações estão sujeitas às restrições europeias.
Além disso, companhias e cidadãos do bloco ficaram proibidos de fornecer qualquer recurso, incluindo matérias-primas ou produtos industrializados, ao grupo sancionado. Para as pessoas, também se aplica a proibição de viagens, impedindo-as de entrar na UE ou transitar pelo território do bloco.