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Analista: conferência suíça será 'exercício de propaganda' para encobrir ilegitimidade de Zelensky

© AFP 2023 / Brendan Smialowski O presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, chega para participar de uma reunião com o secretário de Estado dos EUA em Kiev, 14 de maio de 2024
O presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, chega para participar de uma reunião com o secretário de Estado dos EUA em Kiev, 14 de maio de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 27.05.2024
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Vladimir Putin "está correto" quando afirma que o objetivo da próxima conferência de "paz" da Ucrânia na Suíça é tentar confirmar a legitimidade de Vladimir Zelensky perante a comunidade ocidental, disse o advogado criminal internacional com 20 anos de experiência em crimes de guerra e relações internacionais, Christopher C. Black, à Sputnik.
Anteriormente, Moscou afirmou que a cúpula de 15 a 16 de junho em Lucerna, na Suíça, para discutir formas de acabar com o conflito na Ucrânia, será "absolutamente fútil" sem a participação da Rússia.
"É um exercício de propaganda para tentar encobrir o fato de o regime de Kiev não ser legítimo. É claro que a legitimidade não pode ser assegurada por declarações de apoiadores de um regime ilegítimo e daqueles que organizaram o golpe de Estado de 2014", sublinhou Black que também é comentarista de assuntos internacionais.
Ele foi ecoado por Francis Boyle, professor de direito internacional na Faculdade de Direito da Universidade de Illinois, EUA, que disse em entrevista à Sputnik que "todos sabem que a conferência na Suíça é uma piada e uma fraude que se baseia no programa de paz de Zelensky".

"A cúpula da Suíça será apenas um golpe de propaganda antirrussa destinada a difamar ainda mais a Rússia aos olhos do mundo. Estou surpreso que o governo suíço esteja concordando com isso. Mas, é claro, a Suíça é membro da Parceria para a Paz [PFP, na sigla em inglês] da Organização do Tratado do Atlântico Norte e já não é verdadeiramente neutra — dei palestras contra isso e disse aos suíços que deveriam sair da OTAN/PFP", observou Boyle.

Quanto a Zelensky, ele "nunca foi um presidente legítimo da Ucrânia", argumentou Black. Segundo ele, o último presidente legítimo da Ucrânia foi Viktor Yanukovich, "que foi deposto no golpe de Estado orquestrado pela OTAN em 2014" e que "nunca cumpriu o seu mandato completo".
"Portanto, quando o regime golpista de Kiev conduziu eleições subsequentes, elas não puderam ser consideradas livres e justas por quaisquer padrões do mundo. Todas foram manipuladas para manter o regime golpista no poder sob diferentes figuras ou fantoches", observou o analista.
Genebra, Suíça - Sputnik Brasil, 1920, 27.05.2024
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Neste sentido, o analista se referiu ao povo do leste da Ucrânia que "nunca aceitou a legitimidade do regime instalado pela OTAN no golpe de 2014 por duas razões — era um regime que ainda os considera inimigos e a sua escolha democrática foi negada" e "seu presidente escolhido [Yanukovich] foi derrubado".

As declarações foram feitas depois que o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ter dito que discutir questões de segurança na conferência da Suíça seria "absolutamente fútil" sem a participação da Rússia. "Muito provavelmente, será apenas uma escolástica vazia, sem qualquer perspectiva de obter pelo menos algum resultado tangível", acrescentou Peskov.
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, confirmou anteriormente que a Rússia não planejava participar da cúpula que será realizada na Suíça.
Ela também disse que a Rússia não confia em Berna, um apoiador do governo ucraniano em Kiev que implementou várias rodadas de sanções da União Europeia contra a Rússia. "Nestas circunstâncias, a Suíça não pode ser um anfitrião neutro por definição, muito menos um mediador", sublinhou Zakharova.
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