A PF terá cinco dias para realizar a oitiva. Na decisão, Moraes mencionou que o delegado terá direito ao silêncio e à garantia de não incriminação. Na semana passada, o delegado fez um pedido escrito à mão para ser ouvido pela PF. Ele está em um presídio federal de Brasília.
Além do delegado, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão e o deputado federal (União-RJ) Chiquinho Brazão foram denunciados ao STF pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por homicídio e organização criminosa e estão presos.
Segundo as investigações, o ex-chefe da Polícia Civil deu orientações, a mando dos irmãos Brazão, para a realização dos disparos contra Marielle e o motorista Anderson Gomes.
A defesa de Rivaldo Barbosa questionou a credibilidade dos depoimentos de delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso do assassinato e que apontou o delegado e os irmão Brazão como participantes do crime.
Os irmãos Brazão foram citados como mandantes do assassinato de Marielle Franco em depoimentos de Lessa, preso desde 2019, sob acusação de ser autor dos disparos que mataram a vereadora. No dia 19 de março, o STF homologou o acordo de delação premiada de Lessa. A Inteligência da PF indicou que os irmãos Brazão estavam em alerta desde a homologação.
Segundo Lessa, os acusados de serem os mandantes do crime integram um poderoso grupo político no Rio de Janeiro, com vários interesses em diversos setores no estado.