Panorama internacional

Rússia classifica desejo da Tailândia de ingressar ao BRICS como um 'passo estratégico'

Governo do país do Sudeste Asiático aprovou nesta terça-feira (28) o projeto que vai criar uma carta de intenção para se integrar ao BRICS, informou o portal Thansettakij, que citou Chai Watcharong, porta-voz do gabinete do primeiro-ministro.
Sputnik

"Na reunião do gabinete, foi decidido aprovar o projeto de carta expressando a intenção da Tailândia de se juntar ao grupo de países BRICS com a aprovação do primeiro-ministro ou de um representante designado por ele", diz o governo em comunicado.

Conforme o porta-voz, a expectativa é que a próxima cúpula dos países do grupo, na Rússia, ajude a acelerar o processo de adesão do país, que tem um produto interno bruto (PIB) superior a US$ 500 bilhões (R$ 2,5 trilhões). O encontro acontece em Kazan, entre 22 e 24 de outubro.
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Aumentar o papel da Tailândia no cenário internacional

Para o Ministério das Relações Exteriores da Tailândia, a entrada no BRICS vai ajudar a aumentar o papel de Bangkok na arena internacional, além de fortalecer a cooperação com países em desenvolvimento, especialmente nas áreas de comércio, finanças, segurança alimentar e energética. Além disso, a adesão à organização aumentará as oportunidades da Tailândia na criação de uma nova ordem mundial, pontuou.
Já o embaixador especial russo para questões do G20 e da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês), Marat Berdyev, classificou como um "passo estratégico" e uma escolha acertada o desejo do país de se juntar ao BRICS.

"Nossos parceiros no G20 e na APEC estão comprometidos em fortalecer a interação coletiva na arena internacional. Muitos deles demonstram um interesse especial em aderir ao BRICS ou em expandir os vínculos práticos com essa organização. A Tailândia, membro da APEC, decidiu solicitar adesão ao BRICS e planeja participar da próxima cúpula, em Kazan, sob a presidência russa atual. Durante os próximos contatos com os colegas tailandeses no âmbito da APEC, certamente os parabenizarei por esse passo estratégico e pela escolha acertada", pontuou.

A autoridade da chancelaria russa destacou ainda que essas tendências seguem o "processo histórico em ascensão de formação de uma ordem mundial multipolar e justa".
Originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o BRICS viu neste ano o número de membros dobrar com a adesão de Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Irã, Egito e Etiópia.
Além disso, quase 20 países expressaram o desejo de se juntar ao agrupamento. Com o crescimento de integrantes, o grupo passou a englobar países que somam 3,6 bilhões de habitantes — quase metade da população mundial. Esses países respondem por mais de 40% da produção mundial de petróleo e cerca de um quarto das exportações globais de mercadorias. A Rússia assumiu a presidência do BRICS em 1º de janeiro, por um ano.
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