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BRICS não deve ser visto como rival ocidental, diz membro de Agência Espacial Brasileira à Sputnik

© Sputnik / Guilherme CorreiaDiretor de Inteligência Estratégica e Novos Negócios da Agência Espacial Brasileira, Paolo Gessini, em 21 de maio de 2024
Diretor de Inteligência Estratégica e Novos Negócios da Agência Espacial Brasileira, Paolo Gessini, em 21 de maio de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 21.05.2024
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Porta-voz da Agência Espacial Brasileira (AEB), Paolo Gessini afirmou à Sputnik Brasil nesta terça-feira (21) que parcerias internacionais são um dos pilares para alavancar o programa espacial brasileiro e que o BRICS, bloco do qual o Brasil faz parte, não deve ser visto como uma "contraposição" para "outras organizações".
Marcos Antonio Chanon, presidente da agência, uma autarquia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), cumpre agenda em reunião do grupo na Rússia.
Para Gessini, o encontro é uma oportunidade importante para o Brasil, já que ele enxerga o BRICS como uma aliança econômica e política que pode colaborar com outras organizações internacionais sem criar conflitos. "A cooperação internacional é muito importante. Eu sempre quis ver um mundo sem fronteiras, onde todas as nações colaborem."

"Gosto muito de qualquer organização internacional. O BRICS é outra organização que acho que pode ser muito útil para o desenvolvimento do mundo. Não tem que ser visto como uma contraposição necessariamente com outras organizações, mas acho que pode colaborar muito bem com a União Europeia e com os Estados Unidos também."

Gessini chefia a Diretoria de Inteligência Estratégica e Novos Negócios da AEB. Ele ressalta que parcerias internacionais são essenciais para o setor espacial brasileiro que, com um programa espacial de 60 anos, ainda segue com desafios. "O programa ainda não conseguiu fazer muitas coisas que o Brasil queria fazer, por várias coisas — investimento não adequado, não contínuo, políticas não contínuas."

"Há nações que estão à frente da gente, e parcerias com eles são extremamente importantes para tentar alavancar o programa espacial. Nações que estão se desenvolvendo também, porque elas têm fôlego e recursos importantes, e podem crescer junto com o Brasil."

O porta-voz mencionou a colaboração com a China, que já resultou em vários satélites, e destacou as conversas em andamento com diversos países europeus e asiáticos. A parceria com a Innospace, companhia da Coreia do Sul, que planeja o primeiro lançamento orbital do solo brasileiro no próximo ano, também foi citada como um marco importante.

"[Queremos] desenvolver algumas tecnologias que ainda não são desenvolvidas aqui. Para poder fazer o Brasil menos dependente de outras coisas e também fomentar as indústrias brasileiras", ressaltou, defendendo a parceria com instituições de ensino. "Todas as parcerias são bem-vindas, de forma compatível com aquilo que a gente pode fazer."

A AEB atualmente, segundo ele, está focada em projetos de satélites de médio e pequeno porte e no desenvolvimento de tecnologias que tornem o Brasil menos dependente de insumos externos. "Queremos fomentar a indústria brasileira e fortalecer os contatos com a academia para criar um ecossistema robusto de inovação."
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Ele destacou a relevância do evento para fomentar o empreendedorismo e informou que a participação ativa da AEB em espaços como esse é crucial para o desenvolvimento do setor espacial no Brasil. "Esses eventos são extremamente importantes do ponto de vista do empreendedorismo."
Ele afirma que a agência busca fomentar o envolvimento do setor privado no espaço, comparando a necessidade desse engajamento ao desenvolvimento da aviação, que se consolidou com a participação da iniciativa privada. "O envolvimento privado é fundamental. É justo que grandes, pequenas, médias e pequenas empresas estejam lá."
Gessini, que também é professor universitário, incentiva seus alunos a empreenderem no setor espacial, compartilhando sua própria experiência de sucesso com uma companhia na Inglaterra. "É possível abrir uma pequena empresa e ter sucesso. No setor espacial há inúmeras oportunidades tanto no upstream quanto no downstream", afirmou.
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