"As informações da mídia israelense sobre túneis na fronteira egípcia com a Faixa de Gaza não correspondem à realidade", declarou a fonte.
Anteriormente, a rádio militar israelense Galei Tzahal informou que as Forças de Defesa de Israel (FDI) estabeleceram um controle operacional ao longo de toda a extensão do "Corredor Filadélfia" – um trecho de 14 quilômetros ao longo da fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito. De acordo com a estação de rádio, os militares israelenses descobriram 20 túneis nesse trecho, escavados do enclave palestino até o território egípcio.
O Egito já havia alertado Israel contra qualquer tentativa de estabelecer controle sobre o Corredor Filadélfia. O chefe do serviço de informação estatal do Egito, Diaa Rashwan, afirmou que o Cairo é capaz de proteger suas fronteiras, o que pode escalar ainda mais o conflito no Oriente Médio. Até então, o Egito tem atuado juntamente com o Catar nas negociações entre Tel Aviv e o Hamas por um cessar-fogo.
Morte de soldado egípcio em Rafah
Em meio ao avanço das operações israelenses para a região de Rafah, próximo à fronteira com o Egito, um militar do país chegou a morrer na última segunda (27) após uma troca de tiros com homens do Exército israelense. Fontes afirmaram que o soldado egípcio disparou primeiro contra um militar israelense. Em comunicado, as Forças Armadas do Egito informaram que estão investigando o incidente.
Esse seria o primeiro confronto direto entre soldados israelenses e egípcios desde o início do atual conflito, que começou em outubro do ano passado e já registrou quase 36 mil mortes. O caso ainda pode aumentar a pressão sobre as autoridades de Tel Aviv, já amplamente criticadas pela condução do conflito em Gaza.
O incidente ocorreu no dia seguinte ao bombardeio de Israel a um suposto complexo de operação do grupo Hamas, que provocou um incêndio que matou mais de 40 pessoas em um acampamento de tendas improvisado em Rafah.