Panorama internacional

Casa Branca: administração Biden prepara proposta de cessar-fogo em Gaza

Segundo o coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, Israel apoia a proposta e tem disposição para avançar com ela. Medida vem após EUA sabotarem consecutivas resoluções no Conselho de Segurança das Nações Unidas que pediam cessar-fogo no enclave.
Sputnik
O coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou nesta quarta-feira (29) que uma nova proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza está sendo analisada pelo governo do presidente dos EUA, Joe Biden, que, segundo o alto funcionário, está fazendo todo o possível para que ela avance.
"Acho que outra proposta está sobre a mesa, uma proposta nova, e estamos fazendo tudo o que podemos para ver se conseguimos avançar com isso", disse Kirby durante uma coletiva de imprensa.
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Ele acrescentou que Israel "apoia muito" a nova proposta e tem disposição em avançar com ela de "boa-fé". Segundo Kirby, não há estimativa de quando serão iniciadas as conversas sobre a proposta, mas Washington quer retomar as negociações de paz após o ataque perpetrado por Israel, no último domingo (26), contra a cidade de Rafah, no qual dezenas de palestinos deslocados foram mortos e se feriram.
O ataque contra Rafah ocorreu apenas dois dias após a Corte Internacional de Justiça (CIJ) determinar que Israel suspendesse imediatamente a ofensiva na cidade, despertando uma onda de críticas da comunidade internacional.
Na segunda-feira (27), o grupo palestino Hamas informou que está deixando as negociações de paz com Israel em resposta ao ataque contra Rafah. Segundo a Defesa Civil palestina, pelo menos 40 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas no ataque israelense.
A elaboração de uma proposta de cessar-fogo vem após os EUA vetarem consecutivas resoluções no Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) que pediam um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Nos EUA, protestos estudantis contra a escalada de violência em Gaza vêm sendo duramente reprimidos, sendo classificados por legisladores democratas e republicanos como antissemitas.
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