Panorama internacional

Polônia reintroduzirá zona-tampão de 200 metros na fronteira com Belarus, anuncia premiê

Nesta quarta-feira (29), o primeiro-ministro polonês Donald Tusk anunciou que Varsóvia reintroduzirá uma zona-tampão de 200 metros na fronteira com Belarus no início da próxima semana. A medida acontece após um soldado polonês ter sido esfaqueado na terça-feira (28).
Sputnik
A fronteira entre os dois países tem sido um ponto crítico desde que os migrantes começaram a afluir para região em 2021. Nas últimas semanas, foi registrado um aumento no número de migrantes que tentam atravessar ilegalmente e os guardas de fronteira relataram uma série de incidentes violentos.
Ontem (28), um soldado polonês ficou em estado de risco de vida após ter sido esfaqueado através da cerca da fronteira.

"Nos foi recomendado que devíamos restaurar rapidamente a zona-tampão de 200 metros nesta área sempre que possível [...] estamos prontos para tomar tal decisão no início da próxima semana. Não estamos lidando com quaisquer requerentes de asilo aqui, estamos lidando com uma operação coordenada e muito cuidadosa a vários níveis para romper a fronteira polonesa e tentar desestabilizar o país", disse Tusk, citado pela Reuters.

Segundo a mídia, a Polônia planeja gastar US$ 2,55 bilhões (R$ 13,16 bilhões) no fortalecimento da sua fronteira com Belarus, e o ministro da Defesa, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, disse que o governo estava pronto para aumentar o número de tropas no local. Atualmente, há 5.500 soldados na fronteira, mas o ministro não informou a que número chegaria.
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Uma zona-tampão foi inicialmente introduzida em 2021 pelo anterior governo polonês do partido Lei e Justiça (PiS). Marcin Przydacz, um legislador do PiS que atuou como vice-ministro das Relações Exteriores durante a crise migratória daquela época, disse que a zona-tampão era necessária, mas foi hipócrita da parte de Tusk introduzir a medida depois de criticá-la na oposição.
Karolina Szymanska, da instituição de caridade para refugiados Fundação Ocalenie, afirmou à mídia que a nova postura de Tusk era "vergonhosa".
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