Os EUA e os seus aliados têm lutado para estancar o fluxo de peças para a Rússia, e o conselheiro adjunto norte-americano de segurança nacional para economia internacional, Daleep Singh, apelou às empresas para conter o fluxo de peças usadas no conflito na Ucrânia.
"A porcentagem de armamento de campo de batalha russo com componentes de marca dos EUA ou de aliados é alarmante e inaceitavelmente elevada", disse Singh, citado pela Bloomberg.
Os controles às exportações – que visam a circulação de mercadorias e não as transações financeiras – têm sido difíceis de aplicar porque os produtores não dispõem dos grandes departamentos internos de conformidade que surgiram no setor bancário ao longo das últimas duas décadas de política de sanções dos EUA.
"Coloque sua criatividade e recursos para trabalhar, conheça seus clientes e conheça os usuários finais. Garanta que as empresas americanas não sejam engrenagens involuntárias do arsenal [...] da Rússia", apelou o conselheiro.
Singh, que foi fundamental na implementação da ronda inicial de medidas econômicas contra a Rússia nos primeiros dias da operação na Ucrânia, disse que os seus comentários eram "um apelo urgente à responsabilidade corporativa".
"Demorou décadas para construir a arquitetura de sanções financeiras depois do 11 de Setembro. Temos que fazer isso em alta velocidade para as empresas de tecnologia e bens", acrescentou.