O conflito na Ucrânia, durante o qual as Forças Armadas da Rússia aprenderam rapidamente a lidar com as sofisticadas e caras armas ocidentais, pôs fim ao mito da superioridade do complexo militar-industrial dos EUA, escreve na quarta-feira (29) o think tank norte-americano Quincy Institute for Responsible Statecraft.
"Os críticos apontam há muito tempo que nossa obsessão por armas tecnologicamente sofisticadas resulta inevitavelmente em sistemas pouco confiáveis, produzidos em número limitado devido a seus custos previsivelmente altos", aponta.
"Além disso, eles podem falhar em combate porque os militares simplesmente não estão interessados em fazer testes adequados [...]. Os testes operacionais implacáveis na guerra na Ucrânia provaram que os críticos estavam absolutamente certos", acrescentou o think tank.
Entre as armas listadas nas quais foram depositadas grandes esperanças, que não se concretizaram pelas razões acima mencionadas, estão os drones Switchblade, os Skydio (com inteligência artificial), tanques M1 Abrams, sistemas de defesa antiaérea Patriot, obuseiros M777, projéteis de artilharia guiada Excalibur de 155 mm, lançadores múltiplos de foguetes Himars e bombas guiadas por GPS.
No final de abril foi relatado que a Ucrânia havia parado de usar os tanques norte-americanos Abrams devido à atividade de drones russos, que os tornaram altamente vulneráveis no campo de batalha. Dos 31 tanques, o Exército ucraniano já perdeu cinco em ataques das Forças Armadas russas.