O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, acusou alguns países ocidentais de aumentarem as tensões nas últimas semanas ao permitir que a Ucrânia usasse armas que havia fornecido contra alvos dentro da Rússia, algo que os Estados Unidos ainda não concordaram publicamente em fazer.
"Os países-membros da OTAN – os Estados Unidos em particular e outras capitais europeias – embarcaram nos últimos dias e semanas em uma nova ronda de escalada. Eles estão fazendo isso deliberadamente. Ouvimos muitas declarações belicosas [...] eles estão encorajando a Ucrânia de todas as maneiras possíveis a continuar esta guerra sem sentido", disse Peskov a jornalistas.
Nesta semana, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, e um coro crescente de líderes ocidentais estão exortando Washington e os seus aliados a abandonarem as restrições à forma como a Ucrânia utiliza armas doadas.
Peskov também afirmou que "é claro que tudo isso [a escalada] terá inevitavelmente consequências e, em última análise, será muito prejudicial para os interesses dos países que seguiram esse caminho", acrescentou.
Ao mesmo tempo, o chanceler russo Sergei Lavrov, declaro hoje que existe uma possibilidade teórica de "acelerar" a solução política da crise ucraniana.
Durante uma entrevista à Sputnik, o alto responsável respondeu "teoricamente, sim" a essa possibilidade.
"Isso requer que o Ocidente pare de bombear armas para a Ucrânia e que Kiev pare de lutar. Quanto mais cedo isso acontecer, mais cedo terá início um acordo político", apontou Lavrov.