OTAN e aliados europeus, incluindo Macron, pedem aos EUA que deixem Ucrânia atacar dentro da Rússia
OTAN e aliados europeus, incluindo Macron, pedem aos EUA que deixem Ucrânia atacar dentro da Rússia
Sputnik Brasil
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, e um coro crescente de líderes ocidentais estão exortando Washington e os seus aliados a abandonarem as... 28.05.2024, Sputnik Brasil
A Casa Branca enfrenta uma pressão crescente da OTAN e de vários aliados europeus importantes para suspender as restrições e permitir que a Ucrânia utilize toda a força das armas fornecidas pelos Estados Unidos para atacar alvos militares dentro da Rússia.As exigências, reporta o artigo do The Washington Post, refletem o novo alarme no Ocidente em relação aos avanços russos no campo de batalha nos últimos dias.Nesta terça-feira (28), os ministros da Defesa da União Europeia se reuniram para discutir a questão de permitir ataques dentro da Rússia, disse o chefe de política externa do bloco, Josep Borrell. A Reuters acrescentou que os ministros também discutiram o treinamento de soldados ucranianos por países europeus dentro da Ucrânia. Até o momento, as forças ucranianas têm recebido treinamento de países-membros da aliança militar fora do território ucraniano.O chefe da diplomacia europeia ainda declarou que alguns membros da UE acreditam que o treinamento dentro da Ucrânia seria mais prático, enquanto outros enfatizaram que ter militares na Ucrânia, mesmo como treinadores, representaria mais riscos.Já o presidente francês, Emmanuel Macron, que anteriormente sugeriu duas vezes o envio de tropas da OTAN para Ucrânia, também disse nesta terça-feira (28) que Kiev deve ter permissão para responder aos ataques de mísseis russos "destruindo os locais de onde são disparados".Na segunda-feira (27), o principal comandante da Ucrânia, Aleksandr Syrsky, disse ter assinado a papelada que permite a instrutores militares franceses visitarem em breve os centros de treinamento ucranianos.A ministra da Defesa dos Países Baixos, Kajsa Ollongren, afirmou hoje (28) que as restrições à capacidade da Ucrânia de atacar dentro da Rússia deixaram Kiev lutando "com uma mão amarrada nas costas".A elevação desses limites "não deveria ser tema de debate", disse Ollongren: "Espero que outros países com uma posição diferente mudem isso", afirmou a ministra, citada pelo Washington Post. O chanceler da Polônia, Radoslaw Sikorski, repetiu os comentários de Macron dizendo em uma entrevista publicada nesta terça-feira (28) que Varsóvia não deveria descartar tal medida.A assembleia parlamentar da OTAN emitiu uma declaração na segunda-feira (27) apelando à suspensão das restrições do uso de armas em território russo.O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, já acusou a OTAN de envolvimento direto no conflito e descreveu as observações de Stoltenberg como "uma posição absolutamente irresponsável".O presidente da Letônia, Edgars Rinkevics, disse à CNN na segunda-feira (27) que os parceiros que se opõem à utilização das suas armas pela Ucrânia para atingir alvos em solo russo deveriam "reconsiderar essa decisão o mais rapidamente possível".O secretário de Relações Exteriores britânico, David Cameron, durante uma visita a Kiev este mês, pareceu dar luz verde para Kiev usar armas britânicas em território russo, dizendo que a Ucrânia deveria decidir a melhor forma de usar as armas. O Washington Post aponta que, ainda assim, a questão continua controversa na Europa, onde algumas nações temem que a Rússia retaliará levando o conflito para além da Ucrânia se equipamento ocidental for utilizado para atacar o território soberano russo.Os EUA e outros aliados da OTAN, incluindo a Alemanha e a Itália, há muito que se recusam a permitir que a Ucrânia utilize as suas armas para atacar dentro das fronteiras da Rússia, temendo que tais ataques possam agravar o conflito.No entanto, no dia 15 deste mês, em uma conferência de imprensa conjunta com seu homólogo ucraniano, Dmitry Kuleba, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, sugeriu que Kiev tem liberdade para decidir como usar as armas norte-americanas enviadas.O presidente russo Vladimir Putin anunciou hoje (28) que Moscou começou a criar uma zona-tampão entre Rússia e Ucrânia, a qual Kiev foi alertada seis meses atrás de que seria criada e que a Rússia sabe que já existem instrutores militares ocidentais em solo ucraniano sob o disfarce de mercenários.Ao comentar as declarações de alguns Estados-membros da OTAN, o presidente russo observou que eles deveriam perceber com o que estão "brincando" quando sugerem permitir que Kiev lance ataques a território russo.A Rússia já enviou uma nota aos países da OTAN, através do seu Ministério das Relações Exteriores, na qual advertia que qualquer carregamento incluindo armas destinadas a Kiev se tornará alvo legítimo para Forças Armadas russas.Mais tarde, ainda nesta terça-feira (28), os Estados Unidos disseram, através do porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, que Washington mantem sua posição de restringir o uso de suas armas por Kiev, apesar do recente apelo do secretário-geral da OTAN."A nossa política tem sido não encorajar ou permitir ataques fora das fronteiras da Ucrânia. Mas se olharmos para a nossa política de forma mais ampla, deixamos claro que a Ucrânia não tem melhor apoio do que os Estados Unidos [...]", afirmou Miller em uma coletiva de imprensa.
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OTAN e aliados europeus, incluindo Macron, pedem aos EUA que deixem Ucrânia atacar dentro da Rússia
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, e um coro crescente de líderes ocidentais estão exortando Washington e os seus aliados a abandonarem as restrições à forma como a Ucrânia utiliza armas doadas, escreve o The Washington Post.
A Casa Branca enfrenta uma pressão crescente da OTAN e de vários aliados europeus importantes para suspender as restrições e permitir que a Ucrânia utilize toda a força das armas fornecidas pelos Estados Unidos para atacar alvos militares dentro da Rússia.
Nesta terça-feira (28), os ministros da Defesa da União Europeia se reuniram para discutir a questão de permitir ataques dentro da Rússia, disse o chefe de política externa do bloco, Josep Borrell.
"Permitimos que as nossas armas sejam utilizadas ainda mais em território russo? Bem, alguns Estados-membros começaram a decidir isso – eliminando esta restrição", disse Borrell, citado pela mídia.
A Reuters acrescentou que os ministros também discutiram o treinamento de soldados ucranianos por países europeus dentro da Ucrânia.
"Tem havido um debate sobre fazer parte da formação na Ucrânia, mas não existe uma posição europeia comum clara sobre isso", afirmou Borrell.
O chefe da diplomacia europeia ainda declarou que alguns membros da UE acreditam que o treinamento dentro da Ucrânia seria mais prático, enquanto outros enfatizaram que ter militares na Ucrânia, mesmo como treinadores, representaria mais riscos.
Já o presidente francês, Emmanuel Macron, que anteriormente sugeriu duas vezes o envio de tropas da OTAN para Ucrânia, também disse nesta terça-feira (28) que Kiev deve ter permissão para responder aos ataques de mísseis russos "destruindo os locais de onde são disparados".
"A Ucrânia está na verdade sendo atacada a partir de bases na Rússia. Devemos permitir que destruam os locais militares de onde os mísseis são disparados, essencialmente os locais militares a partir dos quais a Ucrânia é atacada", afirmou o presidente da França em uma coletiva de imprensa conjunta com o chanceler alemão, Olaf Scholz, relatou a Bloomberg.
Na segunda-feira (27), o principal comandante da Ucrânia, Aleksandr Syrsky, disse ter assinado a papelada que permite a instrutores militares franceses visitarem em breve os centros de treinamento ucranianos.
O Ministério da Defesa da França disse que a ideia de realizar formação na Ucrânia "continua a ser objeto de trabalho com os ucranianos, em particular para compreender as suas necessidades exatas".
A ministra da Defesa dos Países Baixos, Kajsa Ollongren, afirmou hoje (28) que as restrições à capacidade da Ucrânia de atacar dentro da Rússia deixaram Kiev lutando "com uma mão amarrada nas costas".
A elevação desses limites "não deveria ser tema de debate", disse Ollongren: "Espero que outros países com uma posição diferente mudem isso", afirmou a ministra, citada pelo Washington Post.
O chanceler da Polônia, Radoslaw Sikorski, repetiu os comentários de Macron dizendo em uma entrevista publicada nesta terça-feira (28) que Varsóvia não deveria descartar tal medida.
A assembleia parlamentar da OTAN emitiu uma declaração na segunda-feira (27) apelando à suspensão das restrições do uso de armas em território russo.
"Se não se pode atacar as forças russas do outro lado da linha da frente porque elas estão do outro lado da fronteira, então é claro que se reduz realmente a capacidade das forças ucranianas de se defenderem", disse o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg ao principal responsável político da aliança durante uma visita à Bulgária na segunda-feira (27).
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, já acusou a OTAN de envolvimento direto no conflito e descreveu as observações de Stoltenberg como "uma posição absolutamente irresponsável".
O presidente da Letônia, Edgars Rinkevics, disse à CNN na segunda-feira (27) que os parceiros que se opõem à utilização das suas armas pela Ucrânia para atingir alvos em solo russo deveriam "reconsiderar essa decisão o mais rapidamente possível".
"Não há qualquer razão racional e pragmática para não permitir que a Ucrânia utilize essas armas contra a Rússia da forma mais eficiente", disse Rinkevics. As alegações de que tais ataques poderiam levar Moscou a intensificar ainda mais o conflito "não se baseiam numa avaliação realmente sólida da realidade", acrescentou.
O secretário de Relações Exteriores britânico, David Cameron, durante uma visita a Kiev este mês, pareceu dar luz verde para Kiev usar armas britânicas em território russo, dizendo que a Ucrânia deveria decidir a melhor forma de usar as armas.
"Tal como a Rússia está a atacar dentro da Ucrânia, podemos compreender perfeitamente porque é que a Ucrânia sente a necessidade de se certificar de que está a se defender", disse Cameron, conforme noticiado.
O Washington Post aponta que, ainda assim, a questão continua controversa na Europa, onde algumas nações temem que a Rússia retaliará levando o conflito para além da Ucrânia se equipamento ocidental for utilizado para atacar o território soberano russo.
Os EUA e outros aliados da OTAN, incluindo a Alemanha e a Itália, há muito que se recusam a permitir que a Ucrânia utilize as suas armas para atacar dentro das fronteiras da Rússia, temendo que tais ataques possam agravar o conflito.
No entanto, no dia 15 deste mês, em uma conferência de imprensa conjunta com seu homólogo ucraniano, Dmitry Kuleba, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, sugeriu que Kiev tem liberdade para decidir como usar as armas norte-americanas enviadas.
O presidente russo Vladimir Putin anunciou hoje (28) que Moscou começou a criar uma zona-tampão entre Rússia e Ucrânia, a qual Kiev foi alertada seis meses atrás de que seria criada e que a Rússia sabe que já existem instrutores militares ocidentais em solo ucraniano sob o disfarce de mercenários.
Ao comentar as declarações de alguns Estados-membros da OTAN, o presidente russo observou que eles deveriam perceber com o que estão "brincando" quando sugerem permitir que Kiev lance ataques a território russo.
A Rússia já enviou uma nota aos países da OTAN, através do seu Ministério das Relações Exteriores, na qual advertia que qualquer carregamento incluindo armas destinadas a Kiev se tornará alvo legítimo para Forças Armadas russas.
Mais tarde, ainda nesta terça-feira (28), os Estados Unidos disseram, através do porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, que Washington mantem sua posição de restringir o uso de suas armas por Kiev, apesar do recente apelo do secretário-geral da OTAN.
"A nossa política tem sido não encorajar ou permitir ataques fora das fronteiras da Ucrânia. Mas se olharmos para a nossa política de forma mais ampla, deixamos claro que a Ucrânia não tem melhor apoio do que os Estados Unidos [...]", afirmou Miller em uma coletiva de imprensa.
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