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Rússia começa a criar zona-tampão entre Rússia e Ucrânia; Kiev foi alertada, diz Putin

© Sputnik / Sergei BobylevO presidente russo Vladimir Putin durante coletiva de imprensa após a sua visita ao Uzbequistão, 28 de maio de 2024
O presidente russo Vladimir Putin durante coletiva de imprensa após a sua visita ao Uzbequistão, 28 de maio de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 28.05.2024
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O presidente russo Vladimir Putin disse nesta terça-feira (28), durante uma coletiva de imprensa após a sua visita ao Uzbequistão, que Kiev foi avisada sobre a medida há seis meses e a Rússia sabe que existem instrutores militares ocidentais em solo ucraniano sob o disfarce de mercenários.
Nesta terça-feira (28), durante visita ao Uzbequistão, o presidente russo Vladimir Putin comentou a atual situação na Ucrânia e reafirmou a disposição russa para uma saída negociada do conflito.
"Começamos isto [a criação de uma zona-tampão na Ucrânia]", disse o presidente russo Vladimir Putin durante uma coletiva após visita ao Uzbequistão.
Diante das atuais circunstâncias, Moscou já havia comunicado Kiev — há pelo menos seis meses — que tomaria tal medida, ressaltou o chefe de Estado.
Neste sentido, o presidente russo salientou ainda que não foi a Rússia que parou de negociar a situação na Ucrânia.

"Não paramos de negociar. Eles nos disseram: 'É isso, não negociaremos mais com vocês'", disse Putin, acrescentando que "nunca recusamos e estamos prontos para continuar o processo de negociação, mas não sabemos o que e [com] quem, tendo em conta aqui a legitimidade do representante do governo ucraniano, nos será oferecido em algumas outras fases", ponderou.

Ainda segundo o líder russo, após uma avaliação preliminar, a única autoridade legítima na Ucrânia no momento é a Suprema Rada, parlamento do país, e o presidente parlamentar.

"De acordo com a avaliação preliminar, as únicas autoridades legítimas [na Ucrânia] são tecnicamente o parlamento e o presidente da [Suprema] Rada. Essencialmente, se eles realmente quisessem realizar eleições presidenciais, então teriam de levantar a lei marcial, apenas isso. Cancelar a lei marcial e realizar as eleições, mas eles não queriam fazê-lo", disse Putin durante coletiva de imprensa.

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Ao comentar as declarações de alguns Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o presidente russo observou que eles deveriam perceber com o que estão "brincando" quando sugerem permitir que Kiev lance ataques a território russo.

"Estes representantes dos países da OTAN, especialmente na Europa, deveriam estar cientes do 'com que estão brincando'. Deveriam se lembrar que esse é normalmente um Estado com um território pequeno e uma população muito densa. Esse é um fator que devem ter em mente antes de atacar profundamente o território russo", disse Putin.

De acordo com o presidente, Moscou monitora cuidadosamente tais declarações.
Putin também comentou as declarações do secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, sobre a possibilidade de tais ataques, dizendo que Stoltenberg deveria saber que armas de alta precisão e longo alcance não podem ser usadas sem capacidades de reconhecimento baseadas no espaço. No entanto, atribuiu o anúncio do chefe da OTAN às perdas que os militares ocidentais estavam sofrendo na Ucrânia.
"Quanto à questão das armas de alta precisão: quem ajuda a operar e manter essas armas? Os instrutores que se fazem passar por mercenários? [...] Eles estão presentes e estão sofrendo perdas. Talvez esta declaração demonstre o quanto tem sido difícil para eles [aliados ocidentais de Kiev] de esconder isso", disse o líder russo aos repórteres.
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Ainda durante a visita a Tashkent, no Uzbequistão, o líder russo afirmou que Moscou tinha conhecimento da existência de instrutores militares ocidentais que operavam na Ucrânia sob o disfarce de mercenários estrangeiros.
"Estamos bem cientes do fato. Não é novidade. Os militares ucranianos dizem que [as forças ocidentais] podem chegar [à Ucrânia], mas estão presentes lá há muito tempo. Ouvimos pessoas falando no rádio em inglês, francês e polonês. Sabemos que eles estão lá", disse ele.
Putin alertou que as Forças Armadas regulares da Polônia nunca partiriam quando chegassem à Ucrânia.
"Se as Forças Armadas dos países europeus se juntassem aos poloneses, eles partiriam, enquanto os poloneses nunca partiriam [...]. É uma coisa óbvia. Pelo menos para mim", disse.
O presidente disse que os países ocidentais que planejavam enviar tropas para a Ucrânia estariam agravando o conflito, aproximando-o a um passo de uma conflagração global. Ele também alertou que as tropas estrangeiras seriam um alvo legítimo para as tropas russas.
"Não creio que seja uma boa decisão e uma saída viável. É uma escalada e mais um passo em direção a um grave conflito europeu e de um conflito global", disse Putin.
Comentando as perspectivas de paz na Ucrânia, o presidente russo disse que os dois países teriam negociado uma saída para a crise há muito tempo se pessoas guiadas pelos interesses nacionais da Ucrânia estivessem no comando do governo do país e dos seus militares.
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