Panorama internacional

Especialista explica por que a OTAN está de fato envolvida no conflito na Ucrânia

Os países da OTAN já participam de fato do conflito ucraniano instalando missões de voo para os mísseis transferidos para Kiev e fornecendo às Forças Armadas da Ucrânia dados de reconhecimento espacial e aéreo, declarou à Sputnik um dos principais especialistas militares russos, Aleksei Leonkov.
Sputnik
Nesta semana, o presidente russo Vladimir Putin disse que os representantes dos países da OTAN devem estar cientes "com o que estão brincando" quando falam sobre os planos para permitir que Kiev ataque "alvos legítimos" no interior da Rússia com mísseis entregues pelo Ocidente.

"Não há nenhum mérito das Forças Armadas da Ucrânia na orientação dos mísseis ATACMS, Storm Shadow ou Scalp contra alvos russos. Os operadores ucranianos desses sistemas são em essência 'botões de lançamento' e não mais do que isso – toda a instalação de missões de voo e sua 'transferência' para os mísseis através do sistema Starlink, bem como o processamento dos dados de inteligência por Kiev é realizado por seus aliados ocidentais. Desta forma, estamos falando da participação efetiva da OTAN no conflito na Ucrânia", disse o especialista.

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Ele explicou que a orientação desses mísseis ucranianos contra alvos russos é realizada através de satélites ocidentais. Os aparelhos espaciais dos países da OTAN fornecem dados a partir dos quais são calculadas as coordenadas dos alvos a serem atingidos. Em seguida, o reconhecimento aéreo, incluindo as aeronaves de alerta e controle Poseidon e os drones Global Hawk, analisa os dados, verificando se perto destas instalações há sistemas de defesa antiaérea. Se o alvo está protegido, primeiro é feito um ataque combinado, de modo a que a defesa aérea gaste a munição, e apenas depois o míssil se dirige para o alvo.
"A Ucrânia não adaptou o equipamento de navegação e aquisição de alvos de suas aeronaves Su-24 e Su-27 para o uso de mísseis Storm Shadow/Scalp. A missão de voo é pré-instalada por especialistas ocidentais, e o próprio piloto simplesmente pressiona o botão", explicou Leonkov.
Ele enfatizou que os dados de inteligência para as forças ucranianas são processados não no território da Ucrânia, mas em um centro especial perto da base de Ramstein, na Alemanha.
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