Panorama internacional

Chile apoia denúncia da África do Sul contra Israel por genocídio na Corte Internacional de Justiça

O Chile apoiará a denúncia que a África do Sul apresentou contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ) pelo genocídio que o Exército israelense estará cometendo contra o povo palestino na Faixa de Gaza, anunciou o presidente Gabriel Boric.
Sputnik

"Nunca deixaremos de ficar indignados com as ações indiscriminadas e absolutamente desproporcionais contra civis inocentes, especialmente mulheres e crianças palestinas, que o Exército israelense está a levar a cabo", disse Boric ao apresentar seu terceiro relatório anual das ações de seu governo.

"Já são mais de 35 mil mortos, uma situação humana catastrófica e a infraestrutura em Gaza está praticamente devastada", acrescentou o presidente chileno diante de centenas de participantes na sede do Congresso chileno.
O presidente garantiu que os atos cometidos pelo Exército israelense no enclave "exigem uma resposta firme permanente da comunidade internacional".

"Por esta razão, além do apoio humanitário que prestamos à Palestina, convocando o nosso embaixador em Israel para consultas e apresentando, juntamente com o México, um encaminhamento da situação na Palestina ao Tribunal Penal Internacional, decidi que o Chile fará parte e apoiará o caso que a África do Sul apresentou contra Israel perante a Corte Internacional de Justiça em Haia, no âmbito da convenção da ONU sobre genocídio", afirmou Boric.

Boric disse que ordenou às equipes do Ministério das Relações Exteriores que preparassem um documento com os argumentos do Chile sobre o assunto.
Nele, o chefe do executivo chileno condenou também os ataques do Hamas, que qualificou como terroristas e exigiu a libertação dos reféns israelenses.
"Que fique bem claro que não aceito escolher entre barbaridades", disse o presidente chileno.
Panorama internacional
África do Sul pede que a CIJ imponha 'urgentemente' novas medidas contra Israel
No final de dezembro do ano passado, a África do Sul, com base na Convenção sobre o Crime de Genocídio, apresentou uma ação judicial contra Israel, instando a corte a tomar medidas contra as autoridades israelenses. As primeiras audiências foram realizadas nos dias 11 e 12 de janeiro.
Em 26 de janeiro, a CIJ ordenou a Israel que tomasse todas as medidas necessárias para prevenir o genocídio no enclave palestino e que prestasse urgentemente assistência humanitária à Faixa de Gaza.
A África do Sul recorreu novamente ao tribunal na sequência da decisão de Israel de expandir a sua operação militar em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
O representante da delegação sul-africana e embaixador do país nos Países Baixos, Vusimuzi Madonsela, acusou Tel Aviv em 20 de fevereiro de aplicar uma forma extrema de apartheid nos territórios palestinos, semelhante ao que a África do Sul sofreu.
Em abril, a CIJ também ordenou a Israel que tomasse medidas para garantir que a ajuda humanitária chegasse sem impedimentos à Faixa de Gaza e, na semana passada, ordenou que cessasse imediatamente a sua operação militar em Rafah.
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