A carta convidando Netanyahu foi assinada pelo presidente republicano da Câmara, Mike Johnson, pelo líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, pelo líder republicano do Senado, Mitch McConnell, e pelo líder democrata da Câmara, Hakeem Jeffries, segundo a Reuters.
"Para desenvolver a nossa relação duradoura e destacar a solidariedade da América com Israel, o convidamos a compartilhar a visão do governo israelense para defender a democracia, combater o terrorismo e estabelecer uma paz justa e duradoura na região", diz o convite, visto pela mídia.
Os discursos proferidos por líderes estrangeiros em reuniões conjuntas do Congresso são uma honra rara, geralmente reservada aos aliados mais próximos dos EUA ou às principais figuras mundiais. Netanyahu já fez três discursos desse tipo, o mais recente em 2015.
No entanto, o convite acontece enquanto a Faixa de Gaza vive uma guerra sem precedentes há sete meses, a qual já deixou mais de 36 mil palestinos mortos, mais de 80 mil feridos e dezenas de milhares sem casa.
Netanyahu tem sido criticado fortemente pela comunidade internacional por sua campanha militar após o ataque do Hamas em 7 de outubro que vitimou 1.200 israelenses e sequestrou cerca de 253.
O governo israelense tem sido acusado pela Organização das Nações Unidas (ONU) de usar "a fome como arma de guerra" e mantém fechado as principais vias de acesso para ajuda humanitária no enclave que já sofre de fome aguda.
No domingo (26), um ataque aéreo em Rafah matou 45 palestinos e feriu dezenas de outros.
Os militares israelenses disseram que tinham como alvo uma instalação do Hamas e mataram dois militantes do grupo, mas o ataque provocou um incêndio em um acampamento a oeste de Rafah, em um bairro chamado Tal al-Sultan, onde dezenas de palestinos estavam abrigados após terem que abandonar suas casas. A área não estava sob ordens de evacuação israelenses.
O convite norte-americano também acontece após o premiê israelense ter um mandado de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) no mês passado "por crimes de guerra e crimes contra a humanidade".