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EUA quebram regras internacionais que impõem aos outros, admite mídia britânica
EUA quebram regras internacionais que impõem aos outros, admite mídia britânica
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Um colunista do Financial Times sugere que os EUA devem abandonar completamente o discurso da ordem baseada em regras, e retornar aos princípios defendidos no... 28.05.2024, Sputnik Brasil
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"Nossa administração está comprometida em liderar com diplomacia para promover os interesses dos EUA e fortalecer a ordem internacional baseada em regras", disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, durante uma cúpula em 2021 com líderes chineses, onde foi visível o tom "acrimonioso" e "condescendente" da Casa Branca em relação à potência asiática. Blinken criticou o "comportamento agressivo" da China, acusando-a de "coerção econômica" e alegando desrespeito à democracia. "Cada uma dessas ações ameaça a ordem baseada em regras que mantém a estabilidade global", disse o chefe da diplomacia dos EUA. O problema, como alguns observadores apontam, é que o "direito internacional" e a "ordem baseada em regras internacionais" não são, de fato, sinônimos. O primeiro é algo concreto - uma série de códigos e convenções defendidos por organismos globais nominalmente independentes. Já o último é frequentemente o que a Casa Branca quer que seja: "a substituição do direito internacional pelas prerrogativas da hegemonia americana". O colunista de assuntos de política externa do Financial Times, Gideon Rachman, aponta no editorial sobre o assunto, escrevendo: "As próprias ações da América [do Norte] estão minando partes vitais da ordem baseada em regras." Além disso, Rachman observa que a ordem internacional baseada em regras é "um conceito profundamente pouco inspirador", "uma frase que não significa nada para uma pessoa comum". "Ninguém vai lutar e morrer pela RBIO [ordem internacional baseada em regras]", admite Rachman. Como slogan substituto ele propõe algo ainda mais subjetivo e vago. Os EUA devem abandonar inteiramente qualquer pretensão de regras ou autoridade externa, escreve ele, e recuperar a palavra de ordem da Guerra Fria: "Defender o mundo livre." O recente anúncio do Tribunal Penal Internacional (TPI) de que iria prosseguir com um mandado de detenção contra o premiê israelense Benjamin Netanyahu também colocou a Casa Branca em um impasse. A perspectiva de um parceiro júnior do imperialismo dos EUA ser responsabilizado levou Blinken a ponderar a imposição de sanções ao TPI, um importante árbitro das regras que ele afirma defender.
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EUA quebram regras internacionais que impõem aos outros, admite mídia britânica
07:04 28.05.2024 (atualizado: 08:24 28.05.2024) Um colunista do Financial Times sugere que os EUA devem abandonar completamente o discurso da ordem baseada em regras, e retornar aos princípios defendidos no tempo da Guerra Fria, focados na defesa da liberdade e da democracia.
"Nossa administração está comprometida em liderar com diplomacia para promover os interesses dos EUA e fortalecer a
ordem internacional baseada em regras", disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, durante uma cúpula em 2021 com líderes chineses, onde foi visível o tom "
acrimonioso" e "
condescendente" da Casa Branca em relação à potência asiática.
Blinken
criticou o "comportamento agressivo" da China, acusando-a de "coerção econômica" e alegando desrespeito à democracia. "Cada uma dessas ações ameaça a ordem baseada em regras que mantém a estabilidade global", disse o chefe da diplomacia dos EUA.
O termo "ordem internacional baseada em regras" tem atraído a atenção como um dos conceitos favoritos da administração Biden. Que "regras" são essas, é frequentemente perguntado, e quem as criou? Se a expressão é simplesmente outro nome para "direito internacional", por que não usar esse termo?
O problema, como alguns observadores
apontam, é que o "direito internacional" e a "ordem baseada em regras internacionais" não são, de fato, sinônimos. O primeiro é algo concreto - uma série de códigos e convenções defendidos por organismos globais nominalmente independentes. Já o último é frequentemente o que a Casa Branca quer que seja:
"a substituição do direito internacional pelas prerrogativas da hegemonia americana". O colunista de assuntos de política externa do Financial Times, Gideon Rachman,
aponta no editorial sobre o assunto, escrevendo: "As próprias ações da América [do Norte] estão minando partes vitais da ordem baseada em regras." Além disso, Rachman observa que a ordem internacional baseada em regras é "um conceito profundamente pouco inspirador", "uma frase que não significa nada para uma pessoa comum".
"Ninguém vai lutar e morrer pela RBIO [ordem internacional baseada em regras]", admite Rachman.
Como slogan substituto ele propõe algo ainda mais subjetivo e vago. Os EUA devem abandonar inteiramente qualquer pretensão de regras ou autoridade externa, escreve ele, e recuperar a palavra de ordem da Guerra Fria: "Defender o mundo livre."
O problema com a menção de regras é que os EUA frequentemente as quebram. "100% das tarifas que o governo de Biden impôs aos veículos elétricos chineses são praticamente impossíveis de conciliar com as regras da Organização Mundial do Comércio", observa Rachman.
O recente anúncio do Tribunal Penal Internacional (TPI) de que iria prosseguir com um mandado de detenção contra o premiê israelense Benjamin Netanyahu também colocou a Casa Branca em um impasse. A perspectiva de um parceiro júnior do imperialismo dos EUA ser responsabilizado levou Blinken a ponderar a imposição de sanções ao TPI, um importante árbitro das regras que ele afirma defender.
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