"Estamos promovendo um governo alternativo ao Hamas, no qual isolaremos áreas, eliminaremos os membros do Hamas e traremos outras forças que permitam um governo diferente", declarou Gallant.
O ministro apontou "a ação militar, por um lado, e a capacidade de mudar o governo, por outro" como a chave para alcançar dois dos objetivos israelenses: "o desmantelamento do Hamas e seu poder militar, além do retorno dos reféns".
A declaração ocorre depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, sugeriu na última sexta-feira (31) um novo acordo em três fases para alcançar um cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns.
A primeira etapa inclui um cessar-fogo completo, a retirada das tropas israelenses de todas as localidades de Gaza, a libertação de parte dos reféns mantidos pelo Hamas, incluindo feridos, idosos e mulheres, e ainda a libertação de palestinos detidos nas prisões.
A segunda fase envolve uma cessação indefinida das hostilidades em troca da libertação dos reféns restantes, e a terceira prevê o início da reconstrução da Faixa de Gaza.
O movimento já declarou que viu a iniciativa como positiva, enquanto o governo israelense mostrou-se ambíguo em relação ao anúncio.
Ministros ameaçam derrubar governo
Os parceiros da coligação de direita do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, atacaram a proposta mediada pelos EUA, afirmando que é uma "rendição total" ao Hamas.
De acordo com o Financial Times (FT), os aliados israelenses de Netanyahu rejeitaram a proposta de cessar-fogo mediada pelos EUA para pôr fim à guerra em Gaza como "rendição total" ao Hamas, ameaçando derrubar o governo israelense se a medida for aprovada.
"É uma vitória para o terrorismo e um perigo para a segurança do Estado de Israel", disse o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, sobre a proposta de Biden em comunicado. "Concordar com tal acordo não é uma vitória total – mas uma derrota total", acrescentou ele, ameaçando "dissolver o governo".