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Mídia: ministros de Israel ameaçam derrubar governo se cessar-fogo em Gaza for 'imprudente'
Mídia: ministros de Israel ameaçam derrubar governo se cessar-fogo em Gaza for 'imprudente'
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Os parceiros da coligação de direita do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, atacaram a proposta mediada pelos EUA, afirmando que é uma "rendição... 02.06.2024, Sputnik Brasil
2024-06-02T12:10-0300
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De acordo com o Financial Times (FT), os aliados israelenses de Netanyahu rejeitaram uma proposta de cessar-fogo mediada pelos EUA para pôr fim à guerra em Gaza como "rendição total" ao Hamas, ameaçando derrubar o governo israelense se a medida for aprovada. Segundo a apuração, pretendendo dar fim ao conflito em Gaza, o presidente norte-americano Joe Biden apresentou uma proposta de cessar-fogo na sexta-feira (31) na qual os combates seriam interrompidos e os reféns israelenses seriam libertados. A proposta, no entanto, não agradou ao governo de coalizão de Netanyahu, que o instou a continuar a guerra até a "eliminação completa" do Hamas. Os EUA, juntamente com o Egito e o Catar, emitiram uma declaração conjunta no sábado (1º), apelando ao Hamas e a Israel para finalizarem os termos do acordo que "trará alívio imediato tanto ao sofrimento do povo de Gaza como aos reféns". Os três Estados tentaram durante meses negociar um acordo que poria fim aos combates em Gaza, mas as conversações estagnaram devido a divergências fundamentais entre as duas partes em conflito. Segundo Biden, o acordo de três fases começaria com um "cessar-fogo total e completo" durante seis semanas, incluindo a retirada das forças israelenses de áreas "densamente povoadas" de Gaza, e o retorno de alguns reféns, em troca da libertação de alguns prisioneiros palestinos. Depois, a segunda fase envolveria a libertação de todos os reféns e uma "cessação permanente das hostilidades" combinada com uma retirada total das tropas israelenses de Gaza e a terceira fase envolveria a "reconstrução" do território. Mas o gabinete de Netanyahu foi evasivo e apenas reafirmou seus compromissos anteriores de destruição do Hamas e com "a libertação de todos os reféns e a garantia de que Gaza não representa mais uma ameaça para Israel". O líder da oposição, Yair Lapid, rapidamente se ofereceu para conduzir as negociações de forma segura caso a coalizão governamental se recuse a permanecer até o fim das possíveis tratativas. Dezenas de milhares de israelenses convergiram para o centro de Tel Aviv na noite de sábado (1º) na manifestação semanal pela libertação dos reféns israelenses capturados pelo Hamas durante o ataque de 7 de outubro que desencadeou a guerra que já resultou na morte de quase 37.000 palestinos em Gaza.
https://noticiabrasil.net.br/20240531/hamas-aprova-nova-proposta-israelense-de-cessar-fogo-na-faixa-de-gaza-34890192.html
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Mídia: ministros de Israel ameaçam derrubar governo se cessar-fogo em Gaza for 'imprudente'
12:10 02.06.2024 (atualizado: 12:36 02.06.2024) Os parceiros da coligação de direita do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, atacaram a proposta mediada pelos EUA, afirmando que é uma "rendição total" ao Hamas.
De
acordo com o Financial Times (FT), os
aliados israelenses de Netanyahu
rejeitaram uma proposta de cessar-fogo mediada pelos EUA para pôr fim à guerra em Gaza como "rendição total" ao Hamas, ameaçando derrubar o governo israelense se a medida for aprovada.
Segundo a apuração, pretendendo dar fim ao conflito em Gaza, o presidente norte-americano Joe Biden
apresentou uma proposta de cessar-fogo na sexta-feira (31) na qual os combates
seriam interrompidos e os reféns israelenses seriam libertados. A proposta, no entanto, não agradou
ao governo de coalizão de Netanyahu, que o instou a continuar a guerra até a "eliminação completa" do Hamas.
"É uma vitória para o terrorismo e um perigo para a segurança do Estado de Israel", disse o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, sobre a proposta de Biden em comunicado. "Concordar com tal acordo não é uma vitória total – mas uma derrota total", acrescentou ele, ameaçando "dissolver o governo".
Os EUA, juntamente com o Egito e o Catar,
emitiram uma declaração conjunta no sábado (1º), apelando ao Hamas e a Israel para finalizarem os termos do acordo que "
trará alívio imediato tanto ao sofrimento do povo de Gaza como aos reféns". Os três Estados tentaram durante meses negociar um acordo que poria fim aos combates em Gaza, mas as conversações estagnaram devido a divergências fundamentais entre as duas partes em conflito.
Segundo Biden, o acordo de três fases
começaria com um "cessar-fogo total e completo" durante seis semanas, incluindo a retirada das forças israelenses de áreas "densamente povoadas" de Gaza, e o retorno de alguns reféns, em troca da libertação de alguns prisioneiros palestinos. Depois, a segunda fase envolveria a libertação de todos os reféns e uma "cessação permanente das hostilidades" combinada com uma retirada total das
tropas israelenses de Gaza e a terceira fase envolveria a "reconstrução" do território.
Mas o gabinete de Netanyahu foi evasivo e apenas reafirmou seus compromissos anteriores de
destruição do Hamas e com "a
libertação de todos os reféns e a garantia de que Gaza não representa mais uma ameaça para Israel".
Em comunicado, o Hamas disse que "vê positivamente" o discurso de Biden e que está pronto para lidar "de forma construtiva com qualquer proposta que se baseie em um cessar-fogo permanente e na retirada total [das forças israelenses] da Faixa de Gaza, a reconstrução [de Gaza] e o regresso das pessoas deslocadas às suas casas, junto com a conclusão de um verdadeiro acordo de troca de prisioneiros", desde que Israel "anuncie claramente o compromisso com tal acordo".
O líder da oposição, Yair Lapid, rapidamente se ofereceu para conduzir as negociações de forma segura caso a coalizão governamental se recuse a permanecer até o fim das possíveis tratativas.
"O governo israelense não pode ignorar o significativo discurso do presidente Biden. Há um acordo sobre a mesa e ele precisa ser feito", escreveu Lapid no X.
Dezenas de milhares de israelenses
convergiram para o centro de Tel Aviv na noite de sábado (1º) na
manifestação semanal pela libertação dos reféns israelenses capturados pelo Hamas durante o ataque de 7 de outubro que desencadeou a guerra que já resultou na morte de quase 37.000 palestinos em Gaza.
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