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Biden: nova proposta de Israel de acordo de cessar-fogo tem 3 fases

© AP Photo / Julia NikhinsonJoe Biden, presidente dos EUA, discursa durante cerimônia de formatura da turma de 2024 da Academia Militar dos EUA, no estádio Michie, em Nova York. EUA, 25 de maio de 2024
Joe Biden, presidente dos EUA, discursa durante cerimônia de formatura da turma de 2024 da Academia Militar dos EUA, no estádio Michie, em Nova York. EUA, 25 de maio de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 31.05.2024
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Israel ofereceu ao Hamas uma nova proposta de três fases para chegar a um acordo sobre um cessar-fogo permanente e a libertação de todos os reféns no conflito de Gaza, disse o presidente dos EUA, Joe Biden, nesta sexta-feira (31).

"Israel ofereceu uma nova proposta abrangente, é um roteiro para um cessar-fogo duradouro e a libertação de todos os reféns", disse Biden durante conferência de imprensa. "A proposta foi transmitida pelo Catar ao Hamas e tem três fases."

De acordo com o presidente norte-americano, a primeira fase duraria seis semanas e incluiria um cessar-fogo temporário, a retirada total das forças israelenses de todas as áreas povoadas de Gaza e a libertação de vários reféns de ambos os lados.
A segunda fase, disse Biden, seria o fim permanente de todas as hostilidades no conflito, que poderia incluir a libertação de todos os reféns restantes e a retirada total das forças israelenses de Gaza, se as garantias de segurança de Israel forem atendidas.
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A terceira fase seria o início de um grande plano de reconstrução para o enclave, disse Biden, que também incluiria ajuda de parceiros internacionais para o fazer.
Espera-se que os Estados Unidos, o Egito e o Catar desempenhem papéis fundamentais na tentativa de manter viva a iniciativa, observou Biden.
Os Estados Unidos ajudarão a garantir que Israel cumpra suas obrigações sob o novo acordo, afirmou ele:

"Se o Hamas não cumprir seus compromissos segundo o acordo, Israel poderá retomar as operações militares, mas Egito e Catar estão trabalhando para garantir que o Hamas não o faça. Os Estados Unidos ajudarão a garantir que Israel também esteja à altura da tarefa", disse Biden.

Ele acrescentou que os EUA trabalharão com parceiros internacionais para reconstruir casas, escolas e hospitais destruídos "no caos da guerra".
Em 7 de outubro, um ataque coordenado pelo Hamas contra mais de 20 comunidades israelenses resultou em cerca de 1,2 mil mortos, cerca de 5,5 mil feridos e na captura de 253 reféns, dos quais cerca de 100 foram posteriormente libertados em trocas de prisioneiros.
Em retaliação, Israel declarou guerra contra o Hamas e lançou uma série de bombardeios na Faixa de Gaza. O número de mortos no enclave chega a quase 37 mil, e cerca de 82 mil pessoas estão feridas, segundo as autoridades palestinas.
A Rússia e outros países instam Israel e o Hamas a concordarem com um cessar-fogo e a defenderem a solução de dois Estados aprovada pela ONU em 1947 — segundo aqueles a única forma possível de alcançar uma paz duradoura na região.

Netanyahu enfrente crise interna

Em meio à crescente pressão internacional pelo fim dos bombardeios na Faixa de Gaza, o partido de Benny Gantz, membro do gabinete de guerra e aliado do premiê Benjamin Netanyahu, apresentou nesta quinta-feira (30) um pedido para dissolver o Parlamento do país.
Com isso, a sigla quer convocar eleições antecipadas, o que pode retirar Netanyahu do poder.
O premiê enfrenta uma onda de protestos em Israel e questionamentos da população sobre o fracasso nas negociações com o Hamas para o resgate dos reféns mantidos em Gaza desde o dia 7 de outubro.

CIJ determina fim imediato das operações em Rafah

Em decisão histórica, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) ordenou que Israel interrompa a operação em Rafah, libere a entrada de ajuda humanitária no enclave e que o Hamas entregue os reféns.
Ao mesmo tempo, Tel Aviv deve garantir o acesso desimpedido à Faixa de Gaza das missões que investigam as alegações de genocídio e a liberação de rotas para entrega de ajuda humanitária.
Após o parecer do tribunal, o ministro das Finanças israelense, Bezalel Smotrich, disse que aqueles que exigem que a guerra pare estão exigindo que o "país decida deixar de existir", e "Israel não concordará com isso".
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