A greve pode afetar todas as linhas da cidade. O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SMTTRUSP) pede reajuste de 3,69%, além de 5% de aumento real e reposição das perdas salariais decorrentes da pandemia, de 2,46%, de acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Mais de 4 mil trabalhadores compareceram à assembleia, que ocorreu em frente à prefeitura da capital paulista, de acordo com o sindicato, que transmitiu o encontro em suas redes sociais.
O presidente do sindicato, Edivaldo Santiago, declarou à multidão que as negociações começaram há 45 dias, sem nenhum avanço:
"Vamos fazer uma greve para demonstrarmos nossa força. Estamos aqui fazendo greve porque fomos obrigados, desrespeitados em nossos direitos. Tanto da parte do patrão como das autoridades fomos muito maltratados. Por esse motivo, a única saída da categoria é fazer a greve", afirmou ele.
A assembleia também decidiu que a categoria está aberta a uma nova proposta até quinta-feira (6). O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) disse que as negociações entre o sindicato patronal e o sindicato dos trabalhadores ainda não foram encerradas.
"É totalmente inoportuna qualquer decisão sobre paralisação da operação do transporte de passageiros, um serviço essencial e estratégico que pode causar sérios prejuízos à mobilidade dos paulistanos", diz a nota.
A prefeitura declarou também por meio de nota que defende o direito à livre manifestação democrática, "desde que a legislação seja rigorosamente cumprida, com aviso prévio de 72 horas antes da paralisação e manutenção de uma frota mínima em horários de pico".
"O município reforça a necessidade de atendimento aos 7 milhões de passageiros dos ônibus para que não sejam prejudicados e informa que o efetivo da GCM [Guarda Civil Metropolitana] estará de prontidão para eventuais ocorrências".