A fala, realizada durante uma discussão com autoridades da Rússia, do Bahrein, de El Salvador e da República Centro-Africana nesta quinta-feira (6), teve como base dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).
"Quando o G7 foi criado, ele representava 62% do PIB [produto interno bruto] global", iniciou Rousseff. "No entanto, se você medir a paridade do poder de compra, os países do BRICS agora representam 31,5% do PIB global, ultrapassando o G7, que têm uma fatia de 30,8%."
"Essa discrepância deve aumentar ainda mais, de acordo com previsões do FMI, que acredita que, em 2028, os países do G7 cairão para 27% do PIB global, enquanto a participação do BRICS será de aproximadamente 37%."
A ex-presidente do Brasil não é a única a anunciar a primazia do BRICS sobre a dita liderança mundial do G7. Pelo contrário, economistas, até mesmo dos Estados Unidos, já preveem a superação dos países ocidentais pelo grupo do Sul Global.
Nesse sentido, há esforços mundiais dos países do grupo para determinar os rumos da economia mundial, como a criação de moeda própria para transações internacionais.