A Espanha junta-se a outros países que afirmaram querer intervir, incluindo a Irlanda, que juntamente com a Espanha e a Noruega reconheceram oficialmente um Estado palestino na semana passada.
Albares disse que Madri queria apoiar a CIJ na implementação de medidas, incluindo uma ordem a Israel para cessar a sua operação militar em Rafah, no sul do enclave palestino, mas deu poucos detalhes sobre o que a intervenção solicitada implicaria.
"Estamos fazendo isso [pedindo para intervir] por causa do nosso compromisso com o direito internacional, no nosso desejo de apoiar o tribunal no seu trabalho e fortalecer as Nações Unidas, apoiando o papel do tribunal como a entidade jurídica máxima no sistema", disse o ministro em uma entrevista coletiva em Madri, citada pela Reuters.
No começo do mês de maio, a chancelaria da Turquia também anunciou que se juntaria ao caso.
"Queremos apoiar a corte na implementação das medidas cautelares, em particular a cessação das operações militares em Rafah, a fim de restaurar a paz, a cessação dos obstáculos à entrada de ajuda humanitária e a cessação da destruição de infraestruturas civis", acrescentou o chanceler espanhol.
A CIJ é o órgão jurídico máximo das Nações Unidas, criado em 1945 para lidar com disputas entre Estados.
A ordem dos juízes da CIJ a Israel no mês passado para suspender imediatamente o seu ataque militar a Rafah foi uma decisão de emergência histórica após a decisão da África do Sul de abrir um processo contra Israel acusando-o de genocídio.
Tel Aviv rejeitou repetidamente as acusações de genocídio do caso como infundadas, argumentando em tribunal que as suas operações em Gaza são de autodefesa e têm como alvo o Hamas que atacou Israel em 7 de outubro.