Operação militar especial russa

Putin: regime de Kiev vai reduzir a idade de mobilização, é condição dos EUA

Nesta sexta-feira (7), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, está participando do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF, na sigla em inglês). Durante o evento, o presidente concedeu algumas declarações sobre o conflito na Ucrânia.
Sputnik
Segundo o mandatário, Kiev continuará a reduzir a idade de mobilização no país, uma vez que essa é a principal condição dos Estados Unidos.

"Vemos essa mobilização forçada na Ucrânia [...]. É claro que a idade da mobilização diminuirá. Sabemos com segurança, através de fontes ucranianas, que os americanos estabeleceram condições para o apoio contínuo, [pedindo] a redução desse nível de mobilização", afirmou o presidente.

No entanto, Putin disse que não há necessidade de mobilização russa, e que não há planos para realizá-la.

"Estamos expulsando o inimigo dos territórios que deveriam estar sob nosso controle. Neste sentido, não temos necessidade de fazer uma mobilização. Não estamos planejando isso."

De acordo com o presidente, "desde o início do ano, mais de 160 mil pessoas frequentaram centros de alistamento militar e assinaram contratos".
Sobre bombas atômicas, Putin relembrou que a Rússia não ameaça ninguém com tais armas.

"Não temos como alvo [ninguém com armas nucleares]", disse o mandatário, sublinhando que, ao mesmo tempo, Moscou está atenta "ao que está acontecendo no mundo" e não descartou "qualquer mudança" na doutrina nuclear do país.

Putin também destacou que a Rússia ainda não fornece armas de longo alcance aos países que vivem sob pressão, mas se reserva a esse direito.

"Ainda não estamos fornecendo armas a esses Estados ou mesmo a algumas estruturas que estão sofrendo alguma pressão - incluindo de natureza militar - por parte dos países que fornecem armas à Ucrânia e os instam a utilizá-las contra o nosso território russo. Se estiverem abastecendo a zona de guerra e pedindo que essas armas sejam usadas em nosso território, então por que não temos o direito de fazer o mesmo?", indagou o presidente.

Ainda sobre o conflito ucraniano, Putin disse que Moscou "está pronta para negociar com a Ucrânia, mas nos termos que foram discutidos em Minsk e Istambul", complementando que a "Rússia vai obter sua vitória", ao apontar que o Poder Executivo na Ucrânia perdeu sua legitimidade.
"Mesmo uma análise preliminar e superficial da legislação ucraniana mostra que as autoridades executivas perderam a sua legitimidade", afirmou.
Por fim, Putin disse que os gastos militares russos devem corresponder às necessidades atuais e ao nível da economia.
"Devemos definitivamente pensar em fazer com que os nossos gastos militares correspondam às necessidades de hoje, ao nível de desenvolvimento da nossa economia, porque não podemos parasitar ninguém, como fazem, por exemplo, nos Estados Unidos", afirmou.
O presidente acrescentou que Moscou "nunca se comporta como um colonialista como Washington".
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