No último domingo (9), o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse que a Ucrânia já começou a disparar com armas fornecidas pelo país contra o território russo, após aval do presidente democrata Joe Biden.
O presidente russo, Vladimir Putin, alertou os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de que a Rússia usará todos os meios à sua disposição se a soberania e a integridade territorial do país forem ameaçadas.
A Rússia também solicitou uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) no dia 14 de junho para discutir a aprovação ocidental de que Kiev use suas armas em território russo.
'Curso sensato é negociação Rússia-EUA'
Jeffrey Sachs, economista e presidente da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, disse à Sputnik que a decisão de Washington é uma escalada perigosa.
"Isso é mais uma escalada. É perigoso. O único curso sensato é a negociação Rússia-EUA, baseada no fim do plano dos EUA para a expansão da OTAN na Ucrânia, estabelecendo a neutralidade da Ucrânia, encerrando o conflito e resolvendo outras questões pendentes", declarou.
Sachs disse ainda que estabelecer a Ucrânia como um Estado neutro resolveria a crise e salvaria um grande número de vidas. "Todo esse conflito poderia e deveria ter sido evitado, baseado na neutralidade, na segurança coletiva e no respeito mútuo."
O ex-embaixador iraniano na Alemanha Seyed Hossein Mousavian acrescentou à Sputnik que a decisão de Biden está alinhada com a estratégia do Ocidente de prolongar o conflito na Ucrânia, e as consequências dessa política não contribuem para a paz e a segurança internacionais.
Mousavian sugere também uma iniciativa internacional que proíba a OTAN de expandir a aliança para as proximidades das fronteiras russas, além da realização de eleições livres sob supervisão da ONU nos territórios reintegrados à Rússia.
"O voto da maioria determinará o destino desses territórios," disse Mousavian.
A Rússia demonstrou interesse em participar de negociações justas que considerem as sérias preocupações de segurança de Moscou, mas tanto a Ucrânia como seus aliados ocidentais seguem resistindo à essa possibilidade.