Panorama internacional

China quer trabalhar com Brasil para ampliar papel do BRICS na governança global, diz chanceler

A China pediu às nações do BRICS que assumam maiores responsabilidades e que o bloco se estabeleça como inclusivo para o mundo diante das sanções ocidentais e das restrições comerciais impostas, afirmou o chanceler chinês Wang Yi.
Sputnik
A politização das questões econômicas cresceu em conjunto às sanções unilaterais e barreiras tecnológicas, disse Wang na reunião de chanceleres do BRICS em Nizhny Novgorod, na Rússia, sem nomear nenhum país.
O chanceler também afirmou que o BRICS expandido deveria transformar o bloco em "um novo mecanismo de cooperação multilateral" impulsionado pelos mercados emergentes e pelos países em desenvolvimento. Suas observações foram publicadas por seu ministério, segundo a Reuters.

Em especial, Wang citou o Brasil, ao se encontrar com seu homólogo brasileiro Mauro Vieira à margem da reunião do bloco. Pequim disse que a China está disposta a trabalhar com o Brasil para permitir um papel maior para o BRICS na governança global e assegurar os interesses dos países em desenvolvimento.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, também ressaltou que o encontro do grupo reflete o desejo dos membros do BRICS de desenvolver as suas relações com países interessados do Sul e Leste Global, dos países da Maioria Global, "para debatermos os temas mais prementes com os quais todos os membros da comunidade internacional devem invariavelmente lidar".
Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, à esquerda, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, ao centro, e o ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, sheik Abdullah bin Zayed Al Nahyan, sorriem antes de posar para uma foto à margem da reunião de ministros das Relações Exteriores do BRICS em Nizhny Novgorod, Rússia, 10 de junho de 2024
A tendência principal, segundo Lavrov, é de fortalecimento da voz da Maioria Global, dos países que não fazem parte do Ocidente coletivo, na Ásia, África, no Oriente Médio, na América Latina e Caribe.
"Unindo nossos esforços, podemos promover de forma efetiva um futuro considerado por todos nós como justo", afirmou o chanceler, conforme noticiado.
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