A agência de notícias se baseou em uma fonte oficial israelense, que afirmou também que o grupo solicitou mudanças na proposta original.
A recusa ocorre em meio às tentativas diplomáticas contínuas de cessar-fogo e resolução do conflito na Faixa de Gaza.
O Ministério das Relações Exteriores do Egito, que tem auxiliado nas negociações, afirmou que os mediadores receberam a resposta do Hamas à iniciativa de cessar-fogo proposta por Biden e que estão analisando para informar às partes interessadas sobre os próximos passos.
"Ao entardecer, Israel recebeu uma resposta do Hamas através de um intermediário. Em sua resposta, o Hamas rejeitou a proposta para a libertação dos reféns apresentada pelo presidente Biden", disse o oficial israelense, conforme citado pela Reuters.
Ele acrescentou que o movimento alterou "muitos dos parâmetros básicos e mais significativos" da proposta.
Cessar-fogo em Gaza
No final de maio, Biden havia anunciado que Israel submeteu uma nova proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que incluía três fases, e foi encaminhada para consideração do Hamas.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) adotou na segunda-feira uma resolução dos EUA contendo um plano de armistício em etapas para o enclave. A resolução foi aprovada por 14 países e teve abstenção da Rússia.
A resolução, em grande parte, é vista como uma réplica à proposta de cessar-fogo israelense.
O documento exige que o Hamas aceite a iniciativa que "Israel já aceitou". O texto também solicita que ambas as partes implementem plenamente os termos dessa iniciativa sem demora ou pré-condições.
De acordo com a resolução, a primeira fase inclui um cessar-fogo completo imediato, a retirada das tropas israelenses das áreas povoadas em Gaza, a libertação de reféns detidos pelo Hamas, incluindo feridos, idosos e mulheres, além da troca de palestinos presos.
A segunda fase prevê o fim por tempo indeterminado das hostilidades em troca da libertação dos reféns restantes, bem como a retirada das tropas israelenses de Gaza. A terceira fase da iniciativa envolve o lançamento de um "plano de reconstrução plurianual" para Gaza.
Além disso, a resolução rejeita qualquer tentativa de mudança demográfica ou territorial na Faixa de Gaza, incluindo qualquer ação que reduza o território do enclave.