O envio da força para postos de gasolina acontece em uma tentativa de conter o contrabando de combustível subsidiado que, segundo o governo, está causando escassez de gasolina e diesel em todo o país.
La Paz tem lutado contra a queda da produção de petróleo e uma falta crônica de divisas que tornam cada vez mais difícil para o presidente Luis Arce importar o combustível que é vendido internamente a preços abaixo do custo.
"Instruímos as Forças Armadas a auxiliar no fornecimento de combustível, grande parte do atual excesso de demanda se deve ao desvio de combustível", afirmou Arce nesta semana, citado pela Bloomberg.
A mídia afirma que Arce se reunirá com caminhoneiros no fim de semana "para acalmá-los". Um grupo de vendedores ambulantes também marcha em direção a La Paz com exigências semelhantes. A previsão é de que chegue à capital boliviana até segunda-feira (17).
Os protestos contra a escassez de combustível e de dólares no país têm-se tornado cada vez mais ruidosos, com os sindicatos dos caminhoneiros a ameaçarem bloqueios nas estradas se a situação persistir.
A queda na produção de petróleo obrigou o país a importar 56% da gasolina e 85% do diesel que consome, segundo Arce. O presidente também procurou importar petróleo da Rússia durante uma recente visita a Moscou.