Panorama internacional

Na cúpula sobre a Ucrânia, premiê do Timor-Leste pede que outros conflitos não sejam esquecidos

Xanana Gusmão disse aos presentes na cúpula que há 65 conflitos em curso no mundo que devem ser tratados com igual importância; slogans nazistas criados por Stepan Bandera foram proferidos por chefes de delegações no evento.
Sputnik
O primeiro-ministro do Timor-Leste, Xanana Gusmão, exortou os líderes presentes na cúpula sobre a paz na Ucrânia, na Suíça, neste sábado (15), a não esquecerem os outros conflitos em curso no mundo.
"Hoje continuamos a assistir à aplicação seletiva do direito internacional. Acontece muitas vezes que a nação que exalta a santidade do direito internacional se torna aquela que o viola", disse o primeiro-ministro na conferência, transmitida no YouTube.
Gusmão acrescentou que o direito internacional deve ser aplicado "de forma consistente, não seletiva, e tratar todos os conflitos com igual importância".

"Neste momento, existem cerca de 65 guerras em curso no mundo, mesmo que pareçam distantes dos nossos próprios países, não devemos esquecê-las", ressaltou o primeiro-ministro.

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A cúpula sobre a Ucrânia teve início neste sábado e vai até domingo (16), na cidade de Lucerna, na Suíça. Ela conta com a participação de delegações de 92 países, 55 chefes de Estado e oito organizações internacionais, incluindo a União Europeia (UE), o Conselho Europeu e a Organização das Nações Unidas (ONU).
O presidente dos EUA, Joe Biden, assim como o presidente da China, Xi Jinping, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, não participarão da conferência.
A Suíça não convidou a Rússia para a cúpula. O Kremlin afirmou que procurar opções para resolver o conflito ucraniano sem a participação da Rússia é absolutamente ilógico e fútil.

Slogans nazistas são ouvidos na cúpula

Na conferência deste sábado, alguns chefes de delegações gritaram o slogan "Glória à Ucrânia, Glória aos heróis", que é uma cópia da saudação nazista "Heil Hitler, Sieg Heil" [Glória a Hitler, Glória à vitória], criado por Stepan Bandera, um colaborador do nazismo, responsável pelos massacres de russos, judeus, poloneses e até ucranianos na União Soviética e na Polônia durante a Segunda Guerra Mundial.
Os gritos foram ouvidos ao final da conferência, quando líderes se reuniam para uma foto. Nas filmagens não é possível identificar quais chefes de delegação gritaram o slogan, mas todos os presentes, incluindo a presidente da Suíça, Viola Amhred, e o presidente francês, Emmanuel Macron, aparecem sorrindo sem qualquer indício de preocupação com os slogans proferidos.
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