As Forças Armadas do Reino Unido adiaram o suprimento de novos distintivos aos membros do serviço militar devido a preocupações de espionagem, indica no sábado (15) o jornal britânico Financial Times (FT).
"O lançamento dos distintivos militares britânicos redesenhados após a ascensão ao trono do rei Charles [III] foi adiado devido ao receio de que as novas insígnias pudessem ser fabricadas na China e corressem o risco de permitir que as autoridades de Pequim inserissem dispositivos de rastreamento", escreve o FT.
"Os regimentos do Exército britânico que ostentam um brasão real em suas boinas estão trocando os emblemas com um desenho que representa a coroa de Santo Edwards, preferida pela falecida rainha Elizabeth, pela coroa Tudor escolhida pelo rei. Mas o processo se complicou porque a empresa de Yorkshire contratada para fazer os distintivos obtém parte de sua produção de fábricas na China", sublinha a mídia britânica.
O jornal citou um alto responsável de defesa do Reino Unido que advertiu que os distintivos poderiam incorporar transmissores GPS. As Forças Armadas britânicas optaram por adiar a implementação enquanto consideram como responder às preocupações, já que o Reino Unido não possui capacidade de fabricação semelhante para produzir as insígnias de tecido e metal.
O país tem trabalhado para substituir todas as representações, desde selos até moedas, com as iniciais da ex-rainha britânica Elizabeth II, após seu falecimento em 2022, aos 96 anos de idade.