Panorama internacional

Campanha de desinformação anti-China do Pentágono visou vacinas contra a COVID-19, diz mídia

O Pentágono minou a imagem das vacinas da China contra a COVID-19 em 2020 e 2021 em vários lugares no mundo, segundo a britânica Reuters.
Sputnik
O Pentágono realizou um esforço de desinformação com o objetivo de minar a reputação da vacina chinesa Sinovac contra a COVID-19, reporta na sexta-feira (14) a agência britânica Reuters.
No entanto, indica a reportagem, a ação acabou se transformando em uma campanha antivacinas geral.
Assim, o Departamento de Defesa dos EUA empregou cerca de 300 contas falsas na rede social X (então conhecida como Twitter) para desacreditar a vacina chinesa nas Filipinas.
As postagens feitas por essas contas falsas pediam que os filipinos não confiassem na vacina chinesa ou tomassem medidas de proteção, como máscaras faciais, com uma dessas postagens alegando que "a COVID-19 veio da China e a VACINA também veio da China".
Após a investigação da Reuters, as contas em questão foram removidas pelo X, que declarou que os perfis faziam parte de uma campanha de bots.
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A campanha de propaganda do Pentágono também teve como alvo pessoas no Oriente Médio e na Ásia Central, alegando que a vacina Sinovac deveria ser considerada proibida pelos muçulmanos porque algumas vacinas são feitas com gelatina de porco.
Embora esse esforço de desinformação tenha começado durante a presidência de Donald Trump (2017-2021), ele continuou durante os primeiros meses do mandato de Joe Biden a partir de janeiro de 2021, "mesmo depois que executivos da rede social alarmados alertaram a nova administração de que o Pentágono estava difundindo desinformação sobre a COVID-19", segundo a Reuters.
"Um alto funcionário do Departamento de Defesa reconheceu que os militares dos EUA se envolveram em propaganda secreta para desacreditar a vacina da China nos países em desenvolvimento, mas o funcionário se recusou a fornecer detalhes", sublinha a mídia britânica.
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