Panorama internacional

Moscou precisa de garantias de status não alinhado da Ucrânia, diz embaixador russo na ONU

A Rússia precisa de garantias claras de status neutro e não alinhado da Ucrânia e reconhecimento das realidades "no terreno", disse em entrevista à Sputnik o embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya.
Sputnik
"Confirmo que quando e se os nossos antigos parceiros 'estiverem preparados' para as negociações, nossa posição permanecerá inalterada, precisamos de garantias claras do status neutro e não alinhado da Ucrânia e do reconhecimento das realidades 'no terreno'", disse o representante russo na ONU.
O diplomata disse também ser impossível de conduzir negociações com o regime de Vladimir Zelensky, tendo Moscou ficado convencida disso.
"Reafirmamos repetidamente nossa disposição para dialogar. Essas não são meras afirmações que têm caráter declaratório. Em abril de 2022, nossos negociadores rubricaram os Acordos de Istambul. Eles foram assinados pelo chefe da delegação ucraniana", recordou Nebenzya.
Segundo ele, tal progresso rápido para a solução pacífica "era claramente desnecessário para os 'patrocinadores'" anglo-saxões de Kiev e eles fizeram tudo o que puderam para o impedir.

"Todos viram a entrevista do líder da fração Sluga Naroda [Servo do Povo] da Suprema Rada [parlamento ucraniano], David Arakhamiya, que encabeçava a delegação da Ucrânia em Istambul. Ele disse diretamente que tudo estava pronto, mas Boris Johnson [ex-primeiro-ministro britânico] veio e disse que era preciso continuar lutando. A história com sua viagem 'à Ucrânia' é bem conhecida. Acho que não há necessidade de repeti-la", observou o representante permanente da Rússia na ONU.

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"A única conclusão lógica que tiramos como resultado é que é impossível de conduzir negociações com o regime de Zelensky", ressaltou Nebenzya.
Ele salientou também que em outubro de 2022, Zelensky assinou um decreto proibindo negociações com a liderança russa.
"Surge uma pergunta retórica, se é possível chegar a acordo sem diálogo. No entanto, essa inconsistência flagrante é a 'marca registrada' de toda a política externa de Kiev", concluiu ele.
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