"Os aliados da OTAN vão aumentar este ano os gastos com defesa em 18%, o maior aumento em décadas, e 23 aliados vão gastar este ano 2% do PIB ou mais em defesa", declarou Stoltenberg durante visita a Washington, onde se encontrou com o presidente Joe Biden.
Segundo Stoltenberg, isso representa mais do que o dobro se comparado há quatro anos.
"Também é importante que os Estados Unidos saibam que grande parte deste dinheiro é gasta aqui. Os aliados estão comprando cada vez mais equipamentos dos Estados Unidos", comentou.
Em 2014, os países da Aliança Atlântica se comprometeram com Washington a gastar essa proporção em defesa. No entanto apenas três países atingiram o objetivo: Estados Unidos, Reino Unido e Grécia.
Na época, o então presidente americano, Donald Trump, manifestou insatisfação com o fato de os Estados Unidos serem o país que mais contribui com recursos e realiza mais gastos militares dentro da OTAN. Em fevereiro, o republicano, que busca retornar à Casa Branca, afirmou que "encorajaria" a Rússia a atacar os parceiros da OTAN que não cumprem seu compromisso de gastos.
Aliança está discutindo colocar ogivas nucleares em prontidão
Ontem (16) Stoltenberg afirmou que os países da OTAN estão discutindo a possibilidade de colocar mais ogivas nucleares em prontidão para o combate como fator de dissuasão.
Segundo o jornal The Telegraph, a Aliança Atlântica está realizando consultas entre os seus membros para "retirar os mísseis do armazenamento e colocá-los em alerta".
"Não entrarei em detalhes operacionais sobre quantas ogivas nucleares deveriam estar operacionais e quantas deveriam ser armazenadas, mas precisamos fazer consultas sobre essas questões. É exatamente isso que estamos fazendo", disse Stoltenberg.
Moscou declarou que a declaração de Stoltenberg sobre armas nucleares é preocupante e serve apenas para aumentar a escalada da tensão.